00:00:00
Ottomar: Lula não tomará decisão precipitada

O presidente Lula não tomará qualquer decisão precipitada com relação à demarcação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, sem que esteja totalmente convencido da melhor forma de decidir a questão das terras indígenas de Roraima. Foi isso que o governador Ottomar Pinto ouviu do presidente Lula durante a audiência especial que os dois mantiveram por mais de duas horas no Palácio do Planalto, hoje (4).

Brasília - O presidente Lula não tomará qualquer decisão precipitada com relação à demarcação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, sem que esteja totalmente convencido da melhor forma de decidir a questão das terras indígenas de Roraima. Foi isso que o governador Ottomar Pinto ouviu do presidente Lula durante a audiência especial que os dois mantiveram por mais de duas horas no Palácio do Planalto, hoje (4). O governador de Roraima saiu da audiência presidencial convencido de que qualquer que seja a decisão de Lula sobre a reserva indígena deverá ter um caráter consensual entre índios, produtores rurais, brancos e autoridades estaduais de Roraima. "Conversamos muito, abordamos vários aspectos da questão indígena de Roraima, e o presidente, com muita atenção aos nossos reclamos, ouviu a tudo e prometeu só definir a demarcação depois que estiver convicto da melhor decisão", contou Ottomar Pinto ao Fontebrasil à saída da audiência, que contou com a presença dos senadores de Roraima Mozarildo Cavalcanti e Augusto Botelho e dos deputados federais Chico Rodrigues e Almir Sá e do líder indígena Jonas Marcolino, do Contão, uma maloca na região da Raposa/Serra do Sol. NOVA RENIÃO O presidente Lula pediu ao governador Ottomar Pinto que voltasse a Brasília na próxima semana, quando ele retornará do Surinami para uma nova rodada de conversa, agora com a presença do ministro Thomaz Bastos, da Justiça. Até lá, Lula deverá recolher novos subsídios sobre a questão da Raposa/Serra do Sol, com base nos documentos que Ottomar Pinto entregou. Nesse documento, o governo de Roraima faz uma panorâmica dos problemas fundiários do Estado, em que apenas 7 por cento de suas terras estão sob o domínio estadual. "O resto está diluído entre áreas federais, e isso parece que sensibilizou o presidente", afirmou o governador.
COMENTÁRIOS