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CIR não aceita demarcação descontínua da Raposa Serra do Sol
O coordenador do Conselho Indígena de Roraima, o índio macuxi Jacir José de Souza, afirma que os 16 mil índios que vivem na reserva Raposa Serra do Sol estão organizados para pressionar o governo federal a homologar as terras de forma contínua. "Não tem como abrir mão da reserva em terra contínua. E cada vez mais os índios estão se organizando e precisando de terras. Nós vamos atrás para ganhar essa terra em área contínua", ressaltou.

Gabriela Guerreiro Repórter da Agência Brasil Brasília - O coordenador do Conselho Indígena de Roraima, o índio macuxi Jacir José de Souza, afirma que os 16 mil índios que vivem na reserva Raposa Serra do Sol estão organizados para pressionar o governo federal a homologar as terras de forma contínua. "Não tem como abrir mão da reserva em terra contínua. E cada vez mais os índios estão se organizando e precisando de terras. Nós vamos atrás para ganhar essa terra em área contínua", ressaltou. Nesta segunda-feira (03), a ministra Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender a portaria do Ministério da Justiça que, em 1998, estabeleceu a demarcação contínua da reserva. Até a publicação da portaria, foram dez anos de negociações com índios, fazendeiros, moradores e o governo do estado para que a área fosse considerada efetivamente território indígena. Segundo Jacir de Souza, os índios estão organizados para pressionar o governo federal a homologar as terras contínuas, independente da decisão do STF. "O que eu estou vendo é que o governo demora demais, está enrolando. Mas os índios estão recebendo prejuízos com a demora do governo federal. Em novembro do ano passado, 37 casas de indígenas foram destruídas, e até agora não fizeram as casas. Falta vontade do governo federal resolver o problema da Raposa Serra do Sol", criticou.
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