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CAMINHO POSSÍVEL - Márcio Accioly
Estamos, mais uma vez, no curso de ano eleitoral. As eleições municipais batem à porta e o eleitor é chamado a participar da "festa democrática", quando serão enganados por marqueteiros e shows televisivos, engabelados por salafrários na derrama de rios de dinheiro para a compra de mandatos. Recursos financeiros desviados do bolso do próprio eleitor e contribuinte.

Brasília - Estamos, mais uma vez, no curso de ano eleitoral. As eleições municipais batem à porta e o eleitor é chamado a participar da "festa democrática", quando serão enganados por marqueteiros e shows televisivos, engabelados por salafrários na derrama de rios de dinheiro para a compra de mandatos. Recursos financeiros desviados do bolso do próprio eleitor e contribuinte. Os anos vêm e vão e a situação no Brasil somente se agrava. Não se discute com profundidade qualquer que seja o assunto em pauta, pois a população se encontra manipulada pelos meios de comunicação, Rede Globo à frente. Todos envolvidos com o enredo das novelas do chamado horário nobre, situados à margem da realidade. Enquanto o povo assiste futebol, somos roubados descaradamente pelo FMI e pelos países do chamado primeiro mundo. Nossos minérios são entregues a preços vis, enquanto pagamos juros extorsivos e mantemos os que trabalham na condição de mendigos. Somos uma nação de "escravos de ganho", eis a verdade. Os que assumem o poder, na maioria absoluta dos casos, dedicam-se com afinco ao roubo puro e simples, transformando nosso dia a dia em verdadeiro pesadelo. Muitos dos que passam pelo Poder Legislativo, trabalham apenas na confecção de leis que os livrem mais adiante de processos capazes de levá-los à prisão. Por isso é que pouquíssimos são presos por conta de delitos praticados na administração pública. Quando tal acontece, a permanência atrás das grades não leva muito tempo, existindo casos em que recém-saídos da prisão se dirigem às praças públicas, na maior cara-de-pau, para solicitar votos que o conduzam a novo mandato e à repetência de velhos e viciados crimes. Veja-se o caso específico de Paulo Maluf (PP), ex-prefeito da capital paulista que esteve preso recentemente em Paris, ao tentar movimentar milhões de dólares numa conta que nega possuir. Em Boa Vista, Roraima, dentro de quadro político conturbado, no qual boa parte dos que desejam o Executivo deveria estar num presídio (e forçada a devolver recursos surrupiados), surge alternativa que seria verdadeira redenção para a capital: Júlio Martins (PSDB). Cidadão que se provou digno e capaz, tanto no Legislativo quanto no Executivo. Ao contrário do que alguns crêem, a candidatura do ex-prefeito, um dos mais eficientes e dos mais responsáveis no registro político do estado, tende a capitalizar apoios e a se apresentar como a mais plausível alternativa. Com o suporte do ex-governador Ottomar Pinto, sem nenhuma dúvida seu maior cabo eleitoral, Júlio Martins poderá ser a mais agradável surpresa do pleito. E as pesquisas já o colocam em condição de sonhar com o paço municipal. O mundo é feito de gigantescas diferenças e é nelas que os fatos se complementam. Na dialética que se estabelece, entre o extremo bem e o extremo mal, vê-se elaborado e composto o mosaico de nossa vã existência. Exatamente como na belíssima canção de Lulu Santos, "A vida vem em ondas, como o mar..." Cumprimos ciclos alternados. E parece que estamos mergulhados, há décadas, numa das fases mais negativas de nossa história. É preciso que se reverta a onda, que se modifique a tendência, na emersão do fundo do poço. O primeiro passo deve ser dado por cada um de nós, consciente do dever. E a primeira medida deve ser a de indispensável resgate dos homens de bem, tornando a convivência, pelo menos, mais suportável. Email: [email protected] Fonte: Imagem extraída do site 'http://www.matotuonda.com.ar/imagenes/urna.jpg'
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