Arthur Henrique jogou fora dinheiro da Prefeitura de Boa Vista ao comprar 16 motos BMW 750 cilindradas recebidas esse ano, e ainda continua jogando com gastos com a manutenção delas, e de outras 10 BMW adquiridas em 2020. A opinião é de guardas municipais que pilotam as motos.

Segundo eles, as BMW compradas em Manaus, não são apropriadas para o clima e para as ruas de Boa Vista. "São veículos muito pesados, que nos causam grande desconforto devido ao alto aquecimento, e muito desgaste físico para mantê-las em andamento quando há trânsito mais intenso", revelou um GM.

PREJUÍZO - Porém, o que as fontes revelaram quanto ao custo das BMW para o bolso do contribuinte, aponta total falta de estudo da PMBV em escolher motos vendidas em Manaus, onde tal negociação não gerou impostos para Boa Vista, não tem assistência técnica adequada, causando, ainda, prejuízo de mais de R$ 1 milhão, caso Arthur tivesse optado pelo o que lhe foi sugerido: comprar motos já testadas na cidade, tipo Yamaha ou Honda, como a XR300, que são mais econômicas em tudo e custam R$ 27 mil e não R$ 93,7 mil.

Por exemplo: cada pneu da BMW custa em torno de R$ 900 enquanto das XR saem por R$ 250, ou seja, um pneu da BMW que Arthur comprou dá para comprar quatro de uma Honda.

MAIS PREJUÍZOS - "O tangue das BMW é menor, temos que abastecer quase que diariamente. Já outras motos fazem o dobro de quilometragem. Em suma, poderíamos estar gastando a metade do que gastamos hoje com combustível", informou outro GM.

"Não sei qual o critério de se comprar em Manaus as BMW que não são bem adaptadas para a realidade de Boa Vista. Ainda mais, quando se sabe que, ao invés de se valorizar o mercado local, gera-se com isso (compra das motos) impostos e empregos em Manaus e não em Roraima", comentou outro GM, que informou, também, que mais da metade das motos já "caíram" devido à dificuldade de condução.

VANTAGEM - Amigo leitor, nesse tipo de negociação, alguém levou vantagem. Pelo jeito, não foi a PMBV, não foi a Guarda Municipal, e nem os cofres do Palácio 9 de Julho, já que há suspeita forte que dinheiro foi mal aplicado.