00:00:00
INSENSÍVEIS PREDADORES - Por Márcio Accioly
Brasília - Durante a gestão criminosa do presidente FHC (1995-2003), o que mais se defendeu no Brasil foi a tal de privatização. Chamava-se de "jurássico" a qualquer um que se opusesse à entrega gratuita do patrimônio nacional.

Brasília - Durante a gestão criminosa do presidente FHC (1995-2003), o que mais se defendeu no Brasil foi a tal de privatização. Chamava-se de "jurássico" a qualquer um que se opusesse à entrega gratuita do patrimônio nacional. O sociólogo boca de caçapa, com os familiares mais diretos envolvidos na doação em troca de polpudas comissões, destratava os que se manifestassem desfavoravelmente. O então presidente da boca de fole alegava que as agências reguladoras que seriam criadas (Ana, Anatel, etc.) iriam "promover justiça social através de preços justos dos serviços coletivos" (Sebastião Nery citou o assunto na sua coluna do dia 14). Mas tudo que o sociólogo (na realidade um ociólogo) das bochechas afolozadas jurou e disse, provou-se mentira. E ele não é chamado à responsabilidade. Os únicos a ganharem muito dinheiro foram seus familiares mais diretos, especialmente o filho dileto, Paulo Henrique Cardoso, cujas digitais mafiosas aparecem em várias falcatruas estatais. E FHC só não entregou nossos rios, juntamente com as hidrelétricas, porque o ex-presidente Itamar Franco, então governador de Minas Gerais (1999-2003), ameaçou desviar o rio que abastece Furnas, causando sério transtorno. É preciso que se diga isso sempre e se repita, para que a história tenha sempre o devido registro. As gerações futuras saberão, dessa forma, que o país foi governado por quadrilheiros, por bandidos da pior espécie, por traidores que não sofreram nenhuma punição, apesar de horrendos crimes de lesa-pátria. Nada se fez. O próprio FHC, temeroso de ser colocado em merecida e justa prisão (por conta de covardes e imperdoáveis atos de bandoleirismo), fez aprovar uma lei no Congresso Nacional, na iniciativa do deputado federal Bonifácio Andrada (PSDB-MG), determinando que só poderia ser julgado por "foro especial". Não poderia existir mais clara e explícita confissão de culpa! Mas o que faz o governo do PT? Depois de se eleger prometendo CPIs e afirmando que iria criar dez milhões de empregos? O presidente nacional do partido, delator José Genoíno (entregou todos os companheiros na Guerrilha do Araguaia), está defendendo as alianças eleitorais que efetua com a direita e a extrema direita. Uma prova de que "cesteiro que faz um cesto faz um cento". A antiga "mariposa" da Câmara dos Deputados, apelido pelo qual se tornou conhecido, quando exercia mandato federal, já ajustou perfeitamente seu discurso às conveniências ditadas pelo instante. Eles se mostram verdadeiros malabaristas, corroborando frase lapidar que foi pronunciada pelo então presidente Getúlio Vargas: "- No Brasil, metade dos homens públicos não é capaz de nada; a outra metade, é capaz de tudo". É impressionante como deslizamos velozmente para o precipício e os homens que aí se encontram nada percebem. Os que legislam, tratam de adequar as leis às necessidades particulares, evitando a própria punição. Vão transformando a atividade criminosa em ação lícita. O presidente Dom Luiz Inácio, que comprou avião novíssimo com o intuito de desfilar sua ignorância pelo planeta, imagina-se o supra-sumo de todos os arranjos. Enquanto isso, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, flagrado na CPI do Banestado com lavagem de dinheiro (ao tempo em que presidia o BankBoston), estabelece diretrizes para a nossa política econômica, cumprindo ao pé da letra todas as determinações enviadas pelos EUA. E ainda juram que a salvação está a caminho. Email: [email protected] Fonte: Imagem extraída do site 'http://home.no.net/larsfjas/misterlarsfjas/img/photoshop/fullsize/brazil.jpg'
COMENTÁRIOS