00:00:00
Há imparcialidade nas decisões da Justiça?

Há imparcialidade nas decisões de juízes? Passados sete meses das prisões dos acusados de envolvimento no Caso Gafanhotos, é de se perguntar de que valeram aquelas prisões, como a do ex-governador Neudo Campos, por exemplo, do que serviu para o processo se não para causar constrangimento e humilhação para o homem que governou Roraima por sete anos. O Ministério Público Federal e a Polícia Federal ainda não apontaram o destino do dinheiro desviado, coisa de R$ 320 milhões, segundo procuradores e policiais federais. Nenhum centavinho em alguma continha no exterior foi localizado. Como se esconde R$ 320 milhões?

Edersen Lima, Editor Brasília - Há imparcialidade nas decisões de juízes? Passados sete meses das prisões dos acusados de envolvimento no Caso Gafanhotos, é de se perguntar de que valeram aquelas prisões, como a do ex-governador Neudo Campos, por exemplo, do que serviu para o processo se não para causar constrangimento e humilhação para o homem que governou Roraima por sete anos. O Ministério Público Federal e a Polícia Federal ainda não apontaram o destino do dinheiro desviado, coisa de R$ 320 milhões, segundo procuradores e policiais federais. Nenhum centavinho em alguma continha no exterior foi localizado. Como se esconde R$ 320 milhões? Mas, 53 pessoas foram presas da mesma forma como estupradores, assassinos e bandidos de alta periculosidade: algemados, jogados na parte de trás das viaturas com sirenes estridentes ligadas. O ex-prefeito Barac Bento, conhecido pela forma séria com que administrou Boa Vista, foi preso e algemado, teve sua imagem publicada pela Folha de B. Vista, vista por seus familiares, amigos e correligionários. O ex-deputado Jalser Renier foi preso porque teria ameaçado uma testemunha. Passou mais de 70 dias na cadeia onde comemorou Natal, Ano Novo e o seu aniversário para depois a Justiça saber que quem o acusou, o acusou por raiva sem que a ameaça tivesse ocorrido. A Justiça primeiro prendeu, para depois, bem depois ouvir a verdade. Neudo Campos foi preso sem direito a qualquer tipo de defesa, passou dez dias na cadeia, só falou em juízo sem confessar nenhum crime. Depois da humilhação, foi liberado e o processo não progrediu com isso. Nos jornais da grande imprensa, Neudo era o chefe da quadrilha que desviou R$ 320 milhões. Teve suas contas fiscalizadas, seu patrimônio investigado e sua vida virada de cima pra baixo e nada apareceu que comprometesse o ex-governador. Só a humilhação de passar dez dias presos e fazer a alegria de seus adversários. Mas o que trata esse artigo não é bem sobre a utilidade daquelas prisões, mas sobre até que ponto há ou não imparcialidade na Justiça de um modo geral. Até onde se sabe, o juiz Hélder Girão Barreto, autor das prisões, é inimigo público de Neudo Campos e muito amigo do senador Romero Jucá, figura que mais comemorou a prisão de seus adversários políticos. P.S: Desde agosto do ano passado, uma condenação da prefeita Teresa Jucá, decretada pelo Tribunal de Contas da União por irregularidades na compra de equipamentos e materiais para o Hospital Santo Antônio, adormece sobre a mesa de Hélder Girão Barreto, que demonstra não ter a mesma agilidade que teve com os "gafanhotos", por quê?
COMENTÁRIOS