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João Paulo e Freire trocam insultos na votação do mínimo
O presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), e o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), trocaram insultos nesta quarta-feira depois da votação que restabeleceu o salário mínimo em R$ 260. O PPS, partido da base do governo, orientou sua bancada a votar pelos R$ 275 aprovados pelo Senado na semana passada. Chamado de "cretino" por João Paulo, Freire replicou: "Cretino é você". O bate-boca foi confirmado por outros deputados e pelo próprio Freire, que atribuiu a cena à "tensão" do dia.

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO da Folha Online O presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), e o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), trocaram insultos nesta quarta-feira depois da votação que restabeleceu o salário mínimo em R$ 260. O PPS, partido da base do governo, orientou sua bancada a votar pelos R$ 275 aprovados pelo Senado na semana passada. Chamado de "cretino" por João Paulo, Freire replicou: "Cretino é você". O bate-boca foi confirmado por outros deputados e pelo próprio Freire, que atribuiu a cena à "tensão" do dia. Ele diz que o incidente "faz parte da vida parlamentar". A assessoria de João Paulo diz que o deputado nega o episódio, afirmando apenas ter havido um "mal-entendido, mas sem nenhuma declaração dessa ordem". "Isso não vai abalar a nossa relação. Eu relevo isso. Ele deveria estar muito tenso Não vou gerar nenhum problema com isso. Esse bate-boca faz parte da vida parlamentar", disse Freire. O deputado negou que vá punir seus colegas de partido por terem contrariado a orientação da bancada e terem votado favoravelmente ao governo. "Os deputados tem sua consciência. O PPS encaminhou a votação [contrária ao governo], e toda a confusão [com João Paulo] foi em torno disso. O posicionamento do PPS era a favor do R$ 275. Agora, os deputados terão que se justificar perante o partido e perante a sociedade. Não vamos impor, nem vamos punir. A posição será julgada pela opinião pública", disse. Fisiologismo Freire disse à Folha Online estar "incomodado" com a fato de que deputados pró-governo, alguns deles do PPS, tenham mais recursos para emendas. Os 266 deputados federais que votaram favoráveis à proposta do governo de um salário mínimo de R$ 260, no dia 2 de junho, tiveram suas emendas parlamentares empenhadas em valores duas vezes superiores ao destinado ao grupo de 167 deputados que apoiou a proposta de R$ 275, defendida pela oposição. "O partido está muito incomodado com a posição desses deputados [que recebem mais recursos para emendas por votarem favoravelmente ao governo]. Alguns [outros deputados] estão incomodados por estarem assistindo a algumas coisas desagradáveis: a liberação de emendas. Tenho recebido com muita indignação", declarou. Fonte: Fotos extraídas dos sites 'www.primeiraleitura.com.br/. ../fotos/jpaulo.jpg' e 'www.terra.com.br/.../ fotos/roberto_freire_02.jpg'
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