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Estudo de RR revela sequelas pós-aguda da covid-19 em idosos

Artigo do Prof. Dr. André Pinto, do curso de Educação Física da Universidade Estadual de Roraima, está publicado em renomada revista da Espanha


Uma pesquisa coordenada pelo Prof. Dr. André Pinto, do curso de Educação Física da Universidade Estadual de Roraima (UERR), analisou como os fatores de risco – incluindo diabetes, hipertensão, colesterol alto, obesidade, tabagismo e doença renal crônica – se relacionaram com o surgimento de sequelas após a infecção pelo vírus da covid-19.

O estudo contou com a parceria da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A pesquisa revela que 61,7% dos 1.322 idosos avaliados relataram pelo menos uma sequela três meses após a infecção. As mais frequentes foram palpitações (48,6%), aperto no peito (45,7%), falta de ar (25,9%) e dores no peito (24,9%).


Fatores de risco

O estudo mostrou ainda que idosos com diabetes e tabagismo tinham quatro vezes mais chances de desenvolver sequelas. Já aqueles com hipertensão e colesterol alto apresentavam 3,5 vezes mais risco. Embora com menor impacto, a obesidade e a doença renal crônica também aumentaram as chances de complicações.

“É verdade que esperávamos encontrar idosos com essas sequelas específicas, mas não nessa proporção. E o mais preocupante é que nossa investigação focou apenas em sintomas específicos como palpitações, dores no peito e dispnéia após três meses da infecção”, frisa. “Se tivéssemos incluído sequelas cognitivas, funcionais e metabólicas, por exemplo, o número de afetados provavelmente seria ainda maior. Nossos achados reforçam a importância de um estilo de vida saudável para controlar doenças comuns na velhice, como diabetes, colesterol alto e hipertensão”, sugere o docente.

O professor ainda acrescentou: “É imperativo que os profissionais de saúde estejam atentos ao rastreamento de qualquer sintoma pós-covid que possa comprometer a saúde e a qualidade de vida dos idosos. Além disso, é urgente que as autoridades de saúde ampliem o acompanhamento dessa população para identificar e tratar possíveis sequelas não investigadas, reduzindo complicações a longo prazo”, recomenda.

Conforme o docente da UERR, esse é, provavelmente, o primeiro estudo brasileiro dedicado exclusivamente a investigar as sequelas da covid-19 em idosos do país. Confira o trabalho na íntegra aqui: https://doi.org/10.23938/assn.1103.

Fonte: Roraima em Tempo

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