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Café, dólar e falta de dinheiro


O café é o produto alimentar que mais sofreu aumento em um ano: 40% em relação ao preço cobrado em dezembro de 2023. Essa super valorização se deve a dois fatores que implicam diretamente na vida dos brasileiros: o desequilíbrio ambiental/climático e a disparada do dólar.

As secas registradas nos últimos dois anos foram as priores que o país e o setor agrícola sofreram. Milhares de hectares de café plantado foram atingidos e não produziram o que era previsto. Com isso, o produto ficou mais caro já que a demanda se manteve a mesma, porém a oferta muito reduzida.

Some-se a isso, o consumo crescente de importação do café brasileiro pela China que quase dobrou em 10 anos.

O outro fator do custo maior do café está ligado à especulação criminosa que o mercado financeiro vem operando, aumentando a cotação da moeda americana sem qualquer motivo real, já que o Brasil não atravessa nenhuma crise institucional ou qualquer tipo de insegurança econômica que implique desconfianças e medo de investidores estrangeiros.

Assim, com o dólar alto, torna-se mais atraente para o mercado brasileiro exportar. Aí, vem de novo a China porque o produtor brasileiro prefere ganhar em dólar do que em Real, que tem sido uma das moedas que mais desvalorizaram nos últinos cinco anos no mundo.

Café mais caro, dói no bolso do consumidor direto, e muito mais, naquele trabalhador informal que vende cafezinho com lanche em pontos de ônibus, repartições públicas, estações de metrô, e em estabelecimentos comerciais. Esse pessoal que passou a gastar mais para adquirir seu produto de negócio, é que vem sentindo a diminuição da procura pelos consumidores e consequentemente, menos dinheiro para pagar suas contas.

Isso tudo, é o resultado de governos no mundo não atentarem para a questão climática, para o desmatamento e queimadas na maioria criminosos. É resultado do desleixo de governantes em não investirem pesado em fontes de energias limpas. E desleixo nosso, também, em não termos mais consciência em cobrar por políticas verdadeiras que defendam o meio ambiente, a casa em que todos nós moramos.

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