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Com quem está o celular?


Um detalhe importantíssimo não consta no documento policial que registrou o ambiente dos assassinatos do casal de agricultores, Jânio e Flávia Guilarducci: o celular em que foi gravado o atentado que ambos sofreram.

Ou seja, o telefone que prova a identidade do assassino e de seu principal cúmplice, ao que parece, não foi encontrado pela perícia e levado para a Polícia Civil.
Talvez, por isso, a gravação que comprometeu o então chefe da segurança de Antônio Denarium, o capitão Helton e aponta o empresário Caio Porto como o assassino tenha sido passada para a imprensa, já que a Polícia não vazaria o áudio de um crime vil e covarde que bateu na porta da antessala do governador.

O capitão Helton só foi transferido da Casa Militar seis dias depois do crime, quando circulou o áudio em que ele, para pressionar o casal de agricultores a deixar suas terras, acompanhou um empresário amigo de Denarium, que, tudo indica, queria resolver de imediato a situação para supostamente vender a fazenda da família.
Não se sabe se a Polícia Civil está ou não agora com o celular. Não se sabe, mas acredita-se que há mais informações comprometedoras nesse telefone que podem envolver autoridades em esquema de grilagem de terras. E sendo assim, como a Polícia Civil irá agir?

Por outro lado, se alguém tem esse celular, pode estar cometendo obstrução de justiça. Isso é crime. E pior, pode estar correndo risco de morte. É bom lembrar que um empresário amigo do governador acompanhado de policiais militares assassinou um casal a tiros, e ainda teve toda proteção deles para sair do local. Confiar em quem e em quê?


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