- 18 de junho de 2025
O pavor de sair de uma eleição menor do que entrou
O medo que todo político tem não é ser pego na mentira ou em falcatruas ou o de não cumprir as promesas que fez. O medo de todo político é o de perder a eleição. E o pavor deles, é além de perder uma eleição é sair menor do que entrou nela.
Sair menor do que entrou numa eleição é como um diagnóstico de doença gravíssima para o político. E o que geralmente acontece, é sua morte política de forma paulatina na eleição seguinte.
Analisem comigo esses exemplos: Luciano Castro. Entrou na campanha de 2014 como favorito para o Senado e saiu dela em segundo lugar. Quatro anos depois, novamente, perdeu ficando em quinto. E em 2020, disputando a Prefeitura de Boa Vista, Luciano Castro, de forma vegonhosa para um ex-deputado federal de seis mandatos, perdeu feio ficando em 8º lugar. Se perder mais essa, adeus, tio Luque.
Shéridan que agora é Ramos, depois dos 35 mil votos em 2014, caiu para 12 mil em 2018 - um terço, e muito graças a Anchieta Júnior que pediu votos pra ela feito um condenado, e aos mais de R$ 2 milhões que ela gastou naquela campanha -.
Aí, com apoio do governo, com apoio de dois senadores, o milagreiro dos bens, e o do dinheiro borrado na cueca que ela chamava de "Vôvo Chico", Sheridan chegou em quarto em 2020 para a PMBV. Claramente, saiu bem menor do que entrou naquela eleição.
E a coisa ficou tão clara para ela, que agora Shéridan vai disputar vaga para deputada estadual porque sabe que, sem o velho Anchieta, sem governo, sem senadores e sem muita grana, deputada federal está descartada.
Mas, o maior exemplo de desintegração política em Roraima, e do Brasil, é Telmário Mota. Ele foi eleito em 2014 pelos anti-Jucá. Porém, com um mandato prá lá de questionável, e um processo pesado em que é réu acusado de espancar violentamente uma amante 40 anos mais nova que ele, que segundo ela informou na Polícia Federal, foi assediada por ele quando tinha acabado de completar 16 anos, entrou na eleição para o governo em 2018, e saiu de lá humilhado atrás até dos votos brancos e nulos.
Ou seja, o eleitor preferiu votar no nada do que num fanfarrão que afirmou, na tribuna do Senado, que iria colocar seu gabinete para estudar o impacto do planeta Nibirú com a Terra.
Se Telmário ficar em quarto lugar nessa eleição para o Senado, será seu atestado de óbito político.
Vários outros políticos tiveram mortes lentas nas urnas a cada eleição. E de acordo com levantamento superficial que eu fiz, só Mozarildo Cavalcanti, conseguiu se eleger senador depois perder duas eleições seguidas (1990 e 1994). Os demais morreram politicamente. Resumo da ópera, político que perde duas eleições seguidas em Roraima, adeus!