00:00:00

OPINIÃO FORMADA

A política familiar macuxi


A política familiar macuxi
Política em Roraima é coisa de família. Quem inaugurou isso foi Ottomar Pinto quando colocou a mulher Marluce na mesma chapa que ele para deputado federal em 1986, depois para o Senado em 1990. Romero Jucá e Teresa Surita, Neudo Campos e Suely, Flamarion Portela e Angela, Anchieta Jr. e Shéridan foram governadores que, também, incluíram as esposas na política.

Tem ainda os deputados que elegeram suas mulheres para a Câmara de Vereadores, como Luciano Castro e Janice Coelho; igualmente Coronel Chagas e sua Aline Resende. Urzeni Rocha e Nira Mota. 

Tem os herdeiros como Jonatan de Jesus, Rodrigo Jucá, Otília e Marília Pinto, Renanzinho Bekel, Pedro Henrique. Tem os herdeiros pretendentes, como Tiago Rodrigues "Cuequinha" - filho do senador da cueca borrada de dinheiro Chico Rodrigues -, Emília Campos, Édio Júnior. E tem, a esposa do deputado Jeferson Alves que de tão desconhecida, a referência dela é essa "esposa do balofo".

Mas, já que Édio Júnior foi citado, seja em sinal de prestígio político ou de ser o mais genuíno representante da tal política familiar roraimense, o pai Édio Lopes é campeãozão disparado em todos os quesitos: mulher, filhos, irmãos, cunhados e quem sabe, genro na política.

Esse ano, de uma lapada só, Édio pai pretende eleger e manter com mandatos eletivos, ele como vice governador, a esposa prefeita de Mucajaí, o filho Júnior deputado federal, a filha Tuti vereadora, e o genro, outro ilustre desconhecido, deputado estadual.

E isso tudo com grandes chances de serem eleitos. Será um verdadeiro clã político, o Clã dos Catitus, como já está sendo chamado.

Já o estreante na política, Antônio Denarium, sentiu o gostinho do poder e só não quer mais largar o osso como, também, quer colocar a sua mulher na política. O seu plano é mais audacioso. Quer um vice-laranja para que, sendo reeleito, deixe o governo em abril de 2026, e sua mulher Simone seja a candidata ao governo com esse vice-laranja colocando os cofres do estado para eleger Denarium senador e a mulher governadora. Só isso.

Longe de ser uma crítica a todos esses políticos que incluíram esposas, filhos e sobrinhos na política, esses dados aqui revelam que o eleitor, a vontade popular é que aceitou tudo isso já que ninguém foi obrigado com arma na cabeça a votar nesses familiares de A, B ou C. 

Quem, de verdade, patrocina essa tal política familiar roraimense é você, caro eleitor.


Últimas Postagens