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FATO

Jalser plantou sua cassação em 2018


Jalser plantou sua cassação em 2018
A desistência de Guilherme Boulos em disputar o governo de São Paulo me lembrou a situação de Jalser Renier pelo exemplo daquilo que tanto se prega mas não se executa no meio político: abrir mão de projetos pessoais em nome de um bem maior coletivo.

Assim, sem Boulos, a esquerda deixa de rachar votos com dois candidatos, ele e Fernando Haddad, para tentar garantir a vitória em 2 de outubro, com o PT fazendo o governador e o Psol com mais deputados federais. E em 2024, Boulos é o candidato a prefeito da capital mais rica do país.

Jalser era aliado de Teresa Surita até janeiro de 2018. Em fevereiro, passou a hostilizar a ex-prefeita que não descartava disputar o governo de Roraima naquele ano. Em abril, fim do prazo de descompatibilização, Jalser bateu na mesa e condicionou seu apoio a Romero Jucá, que era candidato ao Senado, que Teresa não fosse candidata, já que ele, Jalser, estava abrindo mão de disputar o governo. Ou seja, se ele não podia, Teresa, também, não.

Mal sabia o então presidente da Assembleia Legislativa que ali, naquele momento, ele não só selou a eleição de Antônio Denarium, não só carimbou a derrota de Jucá para o Senado, não só descartou a possibilidade de ser candidato forte à Prefeitura de Boa Vista em 2020, Jalser plantou a sua cassação.

Pensemos juntos, amigo leitor: Jalser seria acusado sem provas e abruptamente cassado se Romano dos Anjos não tivesse sido sequestrado e torturado?

Claro que não, porque a história seria outra, completamente diferente, a começar que aquela invasão dele à rádio 93FM não aconteceria, o apoio de Jalser a Mecias de Jesus que elegeu o milagreiro não rolaria, e por composição política, ele seria o candidato de Teresa, Romero e todo grupo à Prefeitura de Boa Vista em 2020. Mas cassação, nunca!

Roraima perdeu com um governo sociopata que pouca se importa com morte de milhares de pessoas por negligência administrativa na saúde pública. Roraima perdeu com a eleição de dois senadores fracos onde um, no primeiro dia de trabalho foi flagrado fraudando a eleição de presidente da Casa, segundo o site O Antagonista; e o outro, igual a um bandido chechelento, pirento, foi desmascarado pela Polícia Federal com dinheiro escondido na bunda.

Isso, sem falar de um outro que de tão ruim e visto como um zero à esquerda pelo eleitor, perdeu até para os votos brancos e nulos em 2018. E é réu, acusado de espancar violentamente uma amante 40 anos mais nova que ele, um homem casado.

Meus amigos, o exemplo de Guilherme Boulos em abrir mão de disputar o governo paulista e desse modo não dividir os votos da esquerda em São Paulo, chega atrasado para políticos que por arrogância e prepotência acabaram de alguma forma derrotados. 

Chega atrasado para Roraima que há três anos vive a experiência de ter o pior governo de sua história. O que é lamentável já que tudo poderia ter sido diferente e melhor para todos.

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