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CALAMIDADE PÚBLICA

Assalto presumido


Assalto presumido

Quando foi candidato em 2018, Antônio Denarium vivia repetindo "dinheiro tem o que falta é gestão". Ele assumiu o governo com o pagamento dos servidores em dia porque Romero Jucá, como líder do governo, conseguiu liberar R$ 230 milhões para que os dois meses de salários atrasados e o 13º daquele ano fossem pagos.

Denarium se gaba de fazer uma gestão que dá lucro. Pra ele, não houve pecados na administração da pandemia em 2020 e 2021, isso, até hoje, quando endereçou à Assembeia Legislativa e seus 20 deputados apoiadores pedido para que seja aprovado decreto de calamidade pública que dispensa do governo a obrigatoriedade de promover licitação de preços, ou seja, comprar o que quiser sem concorrência do preço menor, com quem bem entender e quando entender.

Se o governo chega a esse nível, é a confissão de Denarium de que é um péssimo governador por deixar quebrar a saúde pública quando a pandemia já está praticamente controlada graças à vacinação. A tal calamidade pública de Denarium vem atrasada em, pelo menos, um ano.

Mas chega em ano de eleição para a secretaria em que os cofres estão abarrotados de dinheiro. Secretaria que não passou uma semana desse governo sem que denúncias de suspeitas de desvio de dinheiro público, tanto que uma CPI foi realizada, não tenham sido feitas nas redes sociais e na imprensa.

Ano de eleição que Denarium e seus deputados parceiros vão pintar e bordar eleitoralmente se autopromovendo com dinheiro público a rôdo sem concorrência de melhor preço abusando do poder político e do poder eleitoral que isso lhes proporcionará. É bom que os demais candidatos sem mandato fiquem sabendo que vão concorrer de forma desproporcional, desleal e covarde com os bamburrados deputados.

E esses deputados estaduais que apoiam Denarium são mais que seus cúmplices em todo o descaso que provocou e provoca mortes de pessoas no HGR e dor infindável em seus familiares. São partícipes disso tudo porque não só se calam, como apoiam.

E não se duvida que todos eles, aprovem esse cheque em branco já que eles também poderão se beneficiar eleitoralmente com ações e com negócios oriundos de contratos sem licitação, principalmente, para o interior do estado.

Apelar a quem contra esse assalto presumido no bolso e na dignidade do cidadão, já que Roraima é vitima de um governador desqualificado e despreparado, pois se não fosse um desqualificado e despreparado, não haveria necessidade de se pedir um cheque em branco, um cartão de crédito ilimitado sem que se precise permissão de uso de ninguém para uma calamidade pública fake, já que dinheiro tem e o que falta é gestão.

O Ministério Público Estadual, calado está, e com toda a certeza, calado ficará. Até porque, o órgão condecorou Denarium como "governo exemplar". A procuradora chefe, Janaína Carneiro, deverá votar em quem no dia 2 de outubro quando quem determinou a contratação do seu marido na Codesaima com salário de R$ 20 mil concorrerá à reeleição? Janaína será isenta disso ou ingrata?

De certo, se ninguém provocar a justiça, Denarium poderá repetir quantas vezes quiser até estourar mais de R$ 1 bilhão até a eleição, igual como agiu na compra superfaturada de 30 respiradores por R$ 6 milhões, quando disse que "sabia da compra mas não sabia do preço".

Denarium, sem se preocupar com qualquer bronca, sem qualquer impedimento, poderá comprar e pagar o preço que for a empresas de apoiadores do seu governo, a empresas de familiares desses deputados aliados, e a empresas de seus sócios com o cheque em branco ou com o cartão de crédito ilimitado que terá. Essa será sua única dúvida sem se preocupar com mais nada mesmo confessando publicamente que é um governador desqualificado e despreparado.


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