ELEIÇÃO PARA O SENADO

Antes plebeu do que lord

Hiran Gonçalves quer ser senador. E qual político não gostaria de sê-lo? Mas Hiran tem que deixar de lado a polidez e a liturgia da nobreza de um lord e demonstrar disposição e vontade grandes para tanto.

Ir em programa de rádio e dar a impressão que espera ser ovacionado pelo grupo para ser candidato e que buscará entendimento para tanto com Telmário Mota, não expõe tesão nenhum para disputar o Senado.

A postura que se espera de quem quer ser senador é a de alguém mais acertivo, disposto e positivo. "Quero ser candidato do grupo e para tanto já estou buscando apoio para isso", é o que Hiran deveria ter respondido quando lhe foi perguntado.

Afinal, ser candidato do grupo, da forma como ele disse que espera ser, pareceu, na verdade, como quem está aguardando que Antônio Denarium, Mecias de Jesus e Sampaio da Diárias resolvam a questão para ele. Cabe lembrar que "quem quer faz a hora e não espera acontecer".

E, ainda ir conversar com Telmário Mota afirmando que ele é "candidato natural", só porque está no mandato de senador, para ter um entendimento com ele deixa no ar certa fragilidade política. Tanto que, quem acha que Telmário faria o mesmo caso contrário fosse?

Repete-se: Quem quer faz a hora e não espera acontecer. E nessas horas, é melhor ser um plebeu com pegada, do que um refinado lord cheio de bons modos.