- 18 de junho de 2025
"Primeira Infância" é modelo para o país
Embora boa parte da classe política de Roraima se mostre alheia a questões de desenvolvimento de crianças na chamada "primeira infância" que é de 0 a 6 anos de idade, sete instituições que formam o Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI), consideraram Boa Vista como cidade modelo na aplicação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da criança no país.
Esse investimento foi iniciado pela ex-prefeita Teresa Surita na gestão de 2013-2017 com atenção nos principais quesitos de desenvolvimento da criança com reformas em praças, parques, manifestações artísticas em calçadas, muros, melhoria em calçadas, cruzamentos, nas rotas de acesso a equipamentos públicos frequentados por crianças, como unidades de saúde, Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e o programa Família que Acolhe como itens que, em conjunto, melhoram a vida das crianças e colocam a cidade como exemplo a ser seguido.
"O município investe no desenvolvimento da criança pequena e no apoio às suas famílias, por meio de intervenções urbanísticas em diversos bairros e implementa políticas e serviços buscando tornar a cidade mais acolhedora, segura e lúdica", cita o estudo.
“Assim como é importante a gente trabalhar na drenagem, no asfalto, na iluminação, é importante trabalhar com a primeira infância. Tem o mesmo peso. Isso porque é a fase mais importante da vida de uma pessoa”, defende Teresa.
Uma das políticas públicas para a primeira infância do município é o espaço Família que Acolhe, onde mães e bebês recebem atendimento especializado. Além das consultas médicas, as gestantes participam de aulas sobre amamentação e aprendem a fazer brincadeiras estimulantes com os bebês. O foco principal, além de cuidar da saúde, é fortalecer os vínculos afetivos, que são fundamentais para o desenvolvimento infantil. Em seis anos, o programa já atendeu 15 mil famílias e mais de mil são venezuelanas.
"Ao assumir a prefeitura em 2013, não tive dúvidas de que transformar Boa Vista na Capital da Primeira Infância no Brasil seria o maior legado que poderia deixar para a nossa cidade. Naquela época, pouco se falava sobre primeira infância ou sobre as sinapses e conexões que acontecem no cérebro de uma criança, desde sua concepção. Ao contrário do que se pensa, investir na primeira infância não demanda tanto tempo. As crianças respondem muito rápido aos estímulos e para as famílias esse retorno é positivo e palpável, a curto prazo", destaca Teresa.
O núcleo que avaliou o investimento da Prefeitura de Boa Vista junto a crianças menores de 6 anos, relacionou reformas em praças, parques, manifestações artísticas em calçadas, muros, melhoria em calçadas, cruzamentos, nas rotas de acesso a equipamentos públicos frequentados por crianças, como unidades de saúde, Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e o programa Família que Acolhe como itens que, em conjunto, melhoram a vida das crianças e colocam a cidade como exemplo a ser seguido.
O relatório cita, ainda, que "a situação socioeconômica do bairro afeta diretamente o desenvolvimento integral infantil, sendo que, quanto mais baixo o nível socioeconômico, maior é o prejuízo para o desenvolvimento as crianças", por isso, há a importância em se destinar políticas a este público.
Para Claudia Vidigal, da Fundação Bernard Van Leer, uma das instituições que compõem o Núcleo, as cidades precisam ser construídas pensando nas crianças. Para isso, é necessário levar em consideração aspectos como mobilidade, acesso a serviços e presença de espaços públicos.
“Os bairros impactam diretamente a vida dos pequenos e exemplos como esses mostram que é possível planejar cidades para as crianças, tendo elas no foco. Intervenções urbanas como essas colaboram com o pleno desenvolvimento infantil que, por sua vez, se reverterá para benefícios para toda a sociedade”, explica.