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NA ABA DO CHAPÉU

Projeto prevê gastos fora do orçamento.


Populismo irresponsável

Imagine, amigo leitor, uma família com renda de R$ 5 mil que pague aluguel de R$ 2 mil e mais R$ 2 mil em despesas com alimentação, transporte, telefonia, energia elétrica, água e outras despesas. Como, de repente, investir em coisas bem intencionadas como colocar os filhos em escola particular, em aulas de inglês, em aulas esportivas de futebol ou natação, e os pais cursarem uma faculdade, também particular?

Apesar de bem intencionados, todos esses gastos extrapolam o orçamento de R$ 5 mil mensal dessa família. Para poder usufruir desses benefícios seria necessário que a renda fosse reajustada com previsão dentro do que se quer gastar.

Então, apesar de toda boa vontade do vereador Gabriel Mota em aprovar projeto que concede auxílio moradia às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar a ser pago pela Prefeitura de Boa Vista, os recursos para esse gastos não estão previstos no orçamento municipal, e não há fonte para esse novo gasto. 

É o tal do "não existe almoço grátis".

Em Roraima, ser vereador e deputado é ser corretor de projetos que visam pagamento de disso e daquilo em benefícios a camadas carentes como se o estado fizesse parte de algum país endinheirado da União Européia ou mesmo dos Estados Unidos que têm os cofres cheios. 

ACORDA, ALICE! Em vídeo, Gabriel Mota disse acreditar que seu projeto ajudará a acabar com a violência doméstica em Roraima. É muita ingenuidade - para não dizer outra coisa - dele achar que basta alugar uma casa que as mulheres estarão seguras e demais casos de violência cometidos por outros homens, como num passe de mágica, irão acabar porque agora as mulheres puderão alugar uma casa para morarem, e não serão mais ameaçadas e nem sofrerao mais agressões. Acorda, Alice!

O que se ver e que a maioria desses projetos são populistas e eleitoreiros, como os de carteira de motorista grátis; isenção para empresas; transporte interubano para idodos, estudantes, deficientes, obesos, idígenas mamelucos e o escambal de graça, quando nada disso é de graça, e sim, cobrado dos governos municipais e estadual.

Difícil é aparecer político em Roraima com projetos que venham gerar emprego e renda. Difícil é político apresentar proposta de gasto público com a fórmula certa de onde saíra o dinheiro para tanto sem mexer no orçamento que existe.

A verdade é que todos esses projetos tidos como bem intencionados, têm é a boa intenção de seus autores em se tornarem populares e se beneficiarem eleitoralmente com eles, se promovendo com dinheiro público que eles não querem nem saber de onde sairá. O nome disso é populismo irresponsável.


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