COISAS DO BABALAÔ

Getúlio acusa juiz de "fulanizar" decisão e de não julgar como se deve

Até as sucatadas das dragas que Getúlio Cruz instalou no seu lunático projeto de dragagem do rio Branco sabem que a intenção dos vereadores que adoram um confinamento lucrativo com a tal CPI do Lixo, é buscar meios de desgaste político contra a ex-prefeita Teresa Surita. E que isso interessa quem banca esses confinamentos.

Embora tenham sido eleitos com promessas altruistas de tudo quanto é tipo, os apoiadores da CPI já demonstraram que o compromisso deles é com as vantagens de fazerem parte do grupo de Antônio Denarium, ou seja, interesse geral deles é político e não propriamente social com a cidade, tanto que votações como a de redução do valor do IPTU só ocorrem por pressão da imprensa.

Ontem, na rádio de Getúlio Cruz, o juiz Luís Fernando Mallet foi acusado pelo professor de todos nós de "fulanizar" a questão, de não julgar como a justiça deve julgar, então, de pender para o lado de Teresa Surita.

Getúlio como professor de todos nós já mostrou que é um fiasco nas urnas. Ele perdeu todas eleições que disputou - duas a governador em 1990 e 1994, duas para o Senado em 1998 e 2002, e uma para deputado federal em 2006). Agora, como ombusdman de juízes e desembargadores, quem escutou o programa de entrevistas dele em que só ele fala, percebeu novo fiasco, quando Getúlio acusou de haver um conluio até do Ministério Público Estadual "para que não se punam eventuais responsáveis pela utilização do dinheiro público".

Novo fiasco porque primeiro o professor tem que responder uma pergunta:  E aquela tua condenação, Getúlio, em que tú eras réu acusado de roubo de dinheiro público pelo lunático projeto da dragaem do rio Branco, que sabe-se lá que fim deu, ainda está aguardando julgamento do teu recurso ou não? Diga algo sobre a tua condenação antes de apontar o dedo seja para quem for.

Interessante que, ainda no programa, o babalaô (aquele que na cultura afro antever e é conselheiro), ainda rogou: "Tomara que vocês (vereadores adéptos do confinamento lucrativo político) consigam, vereador Ítalo Otávio, reformar essa sentença, que parece que o juiz estava antecipando o resultado, de alguma forma fulanizando a ação, e vendo objetivos eleitoreiros", apontou o ombusdman dos juízes e desembargadores de Roraima, e ainda acusando a justiça de "castrar" o trabalho dos vereadores. 

Por fim, o professor babalaô se enaltece: "Fiz o desabafo pelo próprio vereador, mas... é que... realmente, há determinadas coisas (decisão de Luís Fernando Mallet) que absolutamente não fazem sentido". 

O que não faz sentido, Getúlio, é você não ler a decisão do juiz de forma insenta e útil, e sim, de maneira parcial, politizada e frustrada. Tão frustrada quanto as tuas cinco tentativas de se eleger a algo em que as urnas de Roraima te disseram um estrondoso "não", uma vez atrás da outra, 1990, 1994, 1998, 2002 e 2006.. Que vê, a lunática dragagem do rio Branco, dragou os votos do seu operador.