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O GATO COMEU

Parte da grana pode ter parada numa cueca.


Pra onde foi tanto dinheiro que Bolsonaro liberou para Roraima?

Jair Bolsonaro pode não ter feito nada do que Chico Rodrigues, Mecias de Jesus e Telmário Mota afirmam que ele prometeu fazer em Roraima, como abastecer o estado com Linhão de Guri há um ano, reenquadrar mais de 10 mil ex-servidores do ex-Território Federal, e transferir definitivamente as terras da União. Mas Bolsonaro liberou quase R$ 1 bilhão para o estado combater a Covid 19.

O que Antônio Denarium junto com seus senadores citados em inquéritos que apuram desvio de dinheiro público no combate à Covid 19 em investigações da Polícia Federal, fizeram com tanto dinheiro, para que Roraima seja campeão em contágio pelo coronavírus, com mais de 20% da população infectada enquanto no país menos de 7% da população foi afetada, a gente desconfia.

E desconfia porque foi muito dinheiro liberado para muitas mortes, para muita incompetência em administrar a situação, para a não aquisição suficiente de materiais, medicamentos e insumos, para o atraso na construção do Hospital de Campanha que levou mais de três meses para ser entregue, e muita negligência administrativa quando pacientes morreram por falta de remédios e agravados com situações de dentro do HGR, como o banho de chuva que um doente de covid tomou dentro da UTI do hospital.

Proporcionalmente, Roraima foi o estado que mais recebeu dinheiro do governo federal para o combate à Covid, e no entanto, quase duas mil pessoas morreram. Boa parte por negligência administrativa do governo.

Mas acredita-se que mais de duas mil já morreram pela doença e não foram registradas pela Secretaria de Saúde como sendo por Covid. A desconfiança se dá pelos dados nas redes sociais que registram falecimentos de pessoas, e na computação diária de mortes pela doença, o número é bem menor.

AÇÕES ELEITOREIRAS - Outra desconfiança é a de que recursos para o combate à Covid estão sendo destinados para ações sociais com objetivo político-eleitoral na aquisição de cestas básicas para Denarium, junto com seus apoiadores, fazerem campanha eleitoral antecipada distribuindo-as no interior do estado.

Os custos disso, a origem desse dinheiro para aquisição das cestas básicas, e de quais empresas elas foram compradas, não é informado pelo governo do estado. O que se sabe é que, senadores e outros apoiadores de Denarium são apontados em operações da Polícia Federal como larápios que abocanharam esse dinheiro indicando empresas em troca de apoio político-eleitoral à reeleição do governador.

O presidente prometeu, também, acabar com a corrupção no estado. Ao que parece, é mais uma promessa que ele fez para Roraima e não a cumpriu. Fica, no entanto, a pergunta: Pra onde foi tanto dinheiro que Bolsonaro liberou para Roraima?


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