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CORRUPÇÃO

Cerca de 40% do orçamento do país é sugado por corruptos.


Depende de quem propõe e de quem aceite acabar com a safadeza na política

A corrupção no poder público existe porque tem quem propõe e quem aceita ou quem impõe e quem cede. A corrupção, na sua esmagadora maioria, é imposta por quem detém o poder, e cedida por quem precisa do emprego ou que não vê outro meio para vender seus serviços ou produtos.

O caso do senador que cobra propina das empresas que prestarão serviços e fornecerão materiais em contratos oriundos de suas emendas parlamentares é de praxe no jogo político. O empresário que não topar essa sujeira, não vai vender e nem trabalhar.

Claro que não há inocente nesse jogo, nessa tramoia, nessas maracutaias. Mas um senador, um deputado, um governante tem peso maior, tem agravante que não é devidamente observado pela opinião pública: o de serem agentes públicos e partirem deles o roubo nos cofres públicos.

O senador, por exempo, libera emenda para seu estado. O governador, então, que quer a obra, prepara o terreno para licitações fraudolentas para que a empresa do senador ganhe o contrato. O empresário tem que superfaturar ou prestar um serviço porco para poder pagar a propina que vai para o fiscal da obra ou fornecimento, para os funcionários que dão andamento ao processo, e lógico, a propina para o senador, nunca abaixo de 10% do valor da emenda.

Quando o roubo é descoberto com baculejos da polícia sendo expostos pela imprensa e redes sociais, os políticos flagrados com a boca na botija ou com muito dinheiro na cueca, choram, fazem ameaças contra policiais, se colocam como vítimas de perseguição, e arrumam as desculpas mais esfarrapadas para justificar seus flagrantes.

DUAS FORMAS - Há duas formas para se reduzir drasticamente a corrupção que suga cerca de 40% do orçamento de todo o pais: uma, com empresários denunciando os políticos pilantras, e com o Judiciário aplicando penas severas a eles. Duvido se com o andar da carruagem com políticos safados sendo presos em sequência não se diminuiria o roubo nos cofres públicos, que faz falta na saúde, nas estradas, na educação... em tudo!

A segunda, é o eleitor não eleger quem quer lhe corromper comprando o seu voto. Quem faz isso, está claro que irá roubar no mandato para cobrir o que gastou comprando sua vaga e lucrar o bastante para si e para corromper mais eleitores na próxima eleição.

Uma campanha da imprensa e da sociedade organizada incentivando empresários a denunciarem políticos e governos corruptos, com o eleitor consciente de que quem compra o seu voto não tem nenhum compromisso com ele, pode parecer uma ideia simples. Mas são as ideias mais simples as mais fáceis de serem aplicadas.

Mudar esse status de corrupção, também, depende de quem proponha e de quem aceite. Quem proponha e quem aceite fazer o certo e mudar o país.

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