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TOMA-LÁ-DÁ-CÁ

Saúde continua nas mãos de políticos.


A função da Sesau é comprar aliados

Marcelo Lopes é mais um secretário de Saúde que é demitido debaixo de elogios por Antônio Denarium. Engraçado isso, sete secretários deixaram a Sesau debaixo de salamaleques do governador. Então, por que saíram se estavam realizando um bom trabalho?

Há um mistério que aponta que coisas erradas e supostamente criminosas acontecem dentro da Sesau, e uma espécie de pacto de silêncio - ou quiçá, cala-boca - é firmado para que nada seja devidamente exposto. O primeiro secretário Airton Wanderley, quando saiu disse que havia ingerência de deputados e senadores na secretaria, mas não deu os nomes aos bois.

Wanderley falou a verdade. O deputado Jeferson Alves é um exemplo disso em que até em reunião fechada da secretaria para definir contratos ele participou. Mecias de Jesus tem a irmã que leva vida simples em São Luis do Anauá como dona da União Serviços, que há anos fatura milhões de reais em contratos com a Sesau. E tem Chico Rodrigues, flagrado com mais de R$ 30 mil escondidos na cueca, que agia como lobista agenciador de contratos da empresa de uma amiga dele, e do sobrinho operador Léo Rodrigues.

Nos corredores da Sesau circula buxixo de que "coisa maior" que a compra dos respiradores superfaturados pelo ex-secretário Francisco Monteiro, foi feita nessa "elogiada" gestão de Marcelo Lopes. "Coisa maior"?

APLAUDIU DE PÉ - Cabe lembrar que Monteiro quando saiu, o governador promoveu uma solenidade de despedida para homenagear quem cometeu ato ilícito em pagar adiantado por produtos superfaturados, e Telmário Mota, o bajulador-mor do governo, pediu até uma salva de palmas para Monteiro como reconhecimento do seu "trabalho". Telmário, inclusive, se levantou para aplaudir de pé o ex-secretário.

Na realidade, a Sesau é usada por Denarium como moeda para comprar aliados ou para salvar seu pescoço como foi o caso da nomeação de Marcelo Lopes, "indicado" pela Assembleia Legislativa que tinha estava pronta para aprovar o seu impeachment.

O nome da vez, ao que tudo indica, é do ex-deputado Airton Cascavel, tendo o ex-deputado Luciano Castro correndo por fora. Um, apadrinhado por ex-empresário que deu cano em muita gente; e o outro, por quem operou o milagre de multiplicação dos bens quando foi presidente da ALE.

CONTINUA DO MESMO JEITO - As vantagens disso são dos que, como Airton Wanderley disse, vão continuar gerenciando os cerca de R$ 1 bilhão em orçamento da Sesau. Melhorias no atendimento e tratamento de doentes continuará do mesmo jeito porque não tem como melhorar isso com a mesma receita de bolo que é feita e servida desde que Denarium assumiu: o uso político-eleitoral da saúde pública.

Pelo o que viu até aqui, com as elogiadas demissões de sete secretários em dois anos e quatro meses de governo, a função da Sesau é comprar aliados, e dentro do possível, salvar vidas.


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