- 18 de junho de 2025
Mais de 400 mil CPFs cancelados
O incentivo à vida normal, sem uso de máscaras, com aglomerações, contra a vacina da China, chamando a pandemia de "gripezinha" e quem defende medidas de distanciamento social de "maricas", feito por Jair Bolsonaro foi premiado ontem: o país passou dos 400 mil "CPFs cancelados", só para usar o linguajar miliciano que o presidente utiliza.
Há quem acompanhe o raciocínio genocida de Bolsonaro, apesar de todas as informações do que ocorreu com países que adotaram medidas restritivas mais duras e assim reduziram drasticamente o número de contágio e o número de mortes.
O vírus não escolhe ninguém por idade, sexo ou classe social. E lamentavelmente, também não escolhe contaminar só aqueles fortes e corajosos que são contra as medidas de proteção, e que seguem cegamente o que o seu capitão manda.
A realidade de mais de 400 mil vidas perdidas inesperadamente e antecipadamente - sim, 400 mil pessoas morreram por causa da Covid 19 e não por outros motivos - é uma dor que só os sociopatas e genocidas não fazem a mínima idéia.
Onde está a solidariedade e contrição de Bolsonaro e do seu governo com o sofrimento de mais de dois milhões de familiares e amigos dos que partiram devido a essa "gripezinha"?
"Eu não errei em nada", afirmou Bolsonaro à véspera de ver o 400º CPF de um brasileiro ser cancelado - só para usar o linguajar do capitão -, se referindo às medidas que não tomou contra a Covid 19, como a de se negar a comprar os imunizantes oferecidos desde julho do ano passado.
Com a segunda onda dobrando a quantidade de mortes em relação ao ano passado, Bolsonaro a classificou de "conversinha". E lá atrás, ele disse que não compraria "a vacina do Dória", e que quem a tomasse poderia "virar jacaré".
Lamentavelmente, a Covid 19 não distingue idade, sexo, classe social e quem procura se proteger, dos que, como gado, deve preferir virar "presunto", só para usar o linguajar miliciano que o capitão adora.