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POLÍCÍA FEDERAL

Vereador na mira de nova investigação.


O eleitor votou em promessas e não em bandidos

A Polícia Federal pode desvendar relações perigosas entre o crime organizado e políticos eleitos recentemente em Roraima. Em investigação sobre o pagamento de propina por criminosos a agentes penitenciários que facilitavam a vida deles dentro do Presídio de Monte Cristo levou a PF ao vereador Kleber Siqueira, o Klebinho, e ao suposto envolvimento com o crime organizado para compra de votos na eleição de 2020.

Cabe destacar de início que essa atual legislatura na Câmara de Vereadores de Boa Vista começou com cheiro de corrupção com a suspeita de negociação entre 12 vereadores e o então presidente da Assembleia Legislativa, Jalser Renier, que confinou cinco dias antes da posse os disponíveis e solícitos vereadores eleitos em um hotel fazenda, com tudo pago - tudo, mesmo -, para votaremem Genilson Costa, candidato que Jalser mandou eles votarem.

R$ 32 MIL DE FIANÇA - Diante das informações obtidas com agentes penitenciários, a PF deu uma batida na casa de Klebinho e lá encontrou uma pistola que ele negou ser o dono, e sim, pertencer ao vereador Vavá do Thianguá, que desmentiu o colega dizendo que a arma não era sua. Klebinho sacou R$ 32 mil e pagou a fiança da prisão, e foi comemorar sua liberdade confraternizando com amigos.

Cabe, também, destacar que Klebinho não é "marinheiro de primeira viagem" em operações da PF. Ele já foi preso acusado de ser "laranja" em uma empresa que pertenceria, na realidade, ao deputado Renanzinho Bekel e a Guilherme Campos, filho da ex-governador Suely Campos.

COMO SE FOSSE O DONO - A sala principal da empresa era ocupada, sabe-se lá porquê, todos os dias, por Renanzinho. E praticamente todas as reuniões políticas com apoiadores e financiadores de sua campanha em 2018 foram realizadas na Qualigourmet, a tal empresa que Renanzinho entrava e saia como se dono fosse.

PROVAS ROBUSTAS - As provas contra Klebinho obtidas pela PF no caso da contratação da "sua" empresa, uma semana depois dela ser aberta, e firmado contrato de milhões de reais, são bem robustas, contando com filmagens dele indo à agencia bancária para sacar altos volumes de dinheiro e depois entrando em carro supostamente conduzido por Renanzinho.

Amigo leitor, uma câmara de vereadores composta por membros que se deixam confinar - para que nenhum mudasse o voto já acertado, lógico, com vantagens inconfessáveis - como se gado fossem -, já é por de mais vergonhoso. Agora, ter, novamente, vereador suspeito com ligação com o crime organizado já extrapola qualquer ordenamento. O eleitor votou em promessas e não em bandidos.


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