- 18 de junho de 2025
Defesa de empregos gerados pelo crime?
Roraima vem sendo há mais de 20 anos lesado com a extração ilegal de madeiras, recepção dessa madeira por madeireiras que as negocia sem que impostos do que foi retirado de áreas da União, sem autorização, sejam pagos.
E tem gente que se põe como defensor desse dano ao estado como se estivesse prestando um serviço à sociedade. Só se for à sociedade de madeireiros ricos, que são, na realidade, receptores de material retirado de forma ilegal para torná-lo legal.
É como aquela lojinha que vende celular usado, mas que na realidade é receptora de celulrares roubados e os revende. É como o ferro-velho que compra carros roubados, desmonta os veículos e vende as peças dele.
Do mesmo modo, a maioria das madeireiras na Amazônia agem de forma similar. Compram madeira extraída clandestinamente de áreas de reservas ou não autorizadas para derrubada de árvores, corta as toras e vende a madeira de forma "legal".
Prova disso, basta consultar a Secretaria de Fazenda e fazer um batimento com a contabilidade de muitas madeireiras sobre quanto elas vendem em madeira e quanto recolhem em impostos para o estado.
Nos últimos três anos do governo Anchieta, foi calculado no Iteraima que cerca de R$ 50 milhões por ano eram negociados em madeiras retiradas do estado sem que impostos fossem pagos.
Aí, a Polícia Federal vem, desmancha o esquema criminoso e é acusada de perseguir empresários bonzinhos e promover o desemprego por pura maldade, por gente oportunista que pensa levar alguma vantagem em recursos para sua campanha eleitoral e votos desses madeireiros, que na maioria, não vota em Roraima.
Há mais de 20 anos toras e toras de madeiras vêm sendo retiradas por grileiros e vendidas por madeireiras sem que haja projetos desenvolvidos para replantio das áreas devastadas ou investimentos à agropecuária de pequeno porte, que incentivaria pequenos produtores. Se promove crime ambiental que atinge todo ecossistema das regiões exploradas.
E ainda aparece bravateiro fanfarrão defendendo isso tudo alegando defender empregos. Mas empregos criados em cima do crime?