VERGONHA

O pior dos piores

O que é pior que um governador que deixa pessoas morrerem, há meses, por falta de medicamentos básicos para uma doença em que o governo federal já enviou mais de R$ 400 milhões para o tratamento dessa doença?

Resposta: Gente que apoia, defende e nada fala contra essa política genocida, a exemplo de Telmários, Chicos e Mecias da vida.

A exemplo de deputados médicos, como Hiran Gonçalves e Jonatan de Jesus - sim, Jonatan é formado em Medicina, mas desconheço um cidadão que tenha sido tratado por ele -, que se figem de mortos diante de mortes de pacientes por falta de remédios.

Ontem, mais um paciente por Covid 19 no HGR faleceu depois que a família iniciou campanha para arrecadar dinheiro (R$ 7 mil) para comprar sedativos para que ele pudesse ser intubado e continuar tratamento, já que o sedativo está em falta há semanas no HGR. Não adiantou o esforço e a bondade de pessoas. Francisco Maciel Leitão morreu desassistido pelo governo do "Roraima cada dia melhor".

Claro que os Telmários, Chicos, Mecias vão alegar que há falta de sedativos em todo o país. Conversa fiada para enganar trouxas. A necessidade de medicamentos para Roraima é a menor do país pela população que o estado tem. Um governo decente já teria se antecipado aos avisos feitos em novembro e dezembro do ano passado sobre a segunda onda da Covid que ocorreria - como ocorreu - depois das festas de fim de ano. E mais, teria comprado medicamentos depois do exemplo mórbido de Manaus no início de janeiro.

Essa desculpa de que "faltam medicamentos em todo o país" é a cara de gente que não expressa nenhuma dor, nenhum sentimento de empatia com o sofrimento de quem está morrendo afogado no seco, e dos familiares que todos os dias, há meses, pedem nas redes sociais doações para que possam comprar nas farmácias o que o governo não comprou para o HGR, apesar de mais R$ 400 milhões enviados para isso.

Pior que toda essa situação, é ter gente que ainda apoia e defende com desculpas calhordas um governo que, se não mata, deixa pessoas morrerem pela falta de decência e de respeito humanos. Gente como os Telmários, Chicos e Mecias da vida, além de dois deputados médicos surdos-mudos.