- 18 de junho de 2025
Exemplo e lição para a vida
Ontem completou um ano que a Organização Mundial da Saúde declarou que o mundo vivia uma pandemia de coronavírus. Desde aí, a vida mudou no planeta . Entre as sociedades, a classe de agentes de saúde - enfermeiros, médicos, e pessoal de hospital - iniciou maratona de trabalho e stress nunca imaginados.
Há um ano que a vida desses profissionais de saúde é a que mais mudou. Fora o trabalho desgastante de salvar vidas por horas a fio em plantões seguidos, esses profissionais são os mais atingidos pela triste realidade de verem outros seres humanos morrerem de forma dramática em que a luta pela vida, é a luta por oxigênio que a Covid causa. Morre-se pela falta de ar.
E mais doloroso se tornou esse último ano para médicos e enfermeiros, por terem que optar por qual paciente entraria na UTI e qual utilizaria o respirador que havia disponível. Sorteios morbidos. Experiências traumáticas. E todos afetados.
Em um ano, a Covid 19 mostrou a realidade da deficiente saúde pública no Brasil, que contribuiu, e muito, para que mortes acontecessem por falta de medicamentos, aparelhos e estruturas como UTIs. A corrupção insensível a mortes de pessoas continuou com superfaturamentos de respiradores e insumos como máscara de proteção.
Políticos foram flagrados gerenciando fechamento de contratos de governos com empresas ligadas a eles. Como um senador que tratou disso e até de liberação de dinheiro para firma em que mantinha relação suspeita de recebimento de propina, numa frieza avarenta. Num apego doentio ao dinheiro apesar da montanha que tem em patrimônio a ponto até de guardar dinheiro entre as nádegas.
Um ano depois, no front dessa batalha permanecem os agentes de saúde. Muitos morreram lutando para salvar vidas, contaminados pelo coronavírus. Muitos continuam lutando para salvar vidas. Nesses 365 dias de pandemia, o exemplo desses profissionais é o que de melhor tiramos como lição para a vida.