- 18 de junho de 2025
Secretário confirma desvio de remédios mas não denuncia à polícia
Com Roraima há mais de um mês registrando média acima de 100% de mortes a cada semana por Covid 19, deixando mais de mil famílias em luto, o secretário de Saúde, Marcelo Lopes, se mostra frio com essa situação e conivente com crimes que ele mesmo afirmou existir dentro da Sesau.
Em entrevista ao jornalista Bruno Perez, que só pôde gravar imagens no HGR após a meia-noite o que levanta suspeitas de que providenciou que corredores fossem liberados das dezenas de doentes em cima de macas, e que as enfermarias recebessem um "trato", Marcelo Lopes, na maior cara dura, disse que estava tudo bem com a saúde pública no estado e no HGR.
Ocorre que a imprensa todos os dias noticia denúncias de falta de medicamentos e utencílios como lençóis e fraldas feitas por familiares de doentes no hospital. E aí vem o absurdo. Em outro vídeo, o próprio secretário de Saúde afirma que flagrou uma pessoa "conhecida da sociedade" entregando uma caixa de medicamentos desviados do HGR.
"FAZ PARTE DA PANDEMIA" - "Ontem flagrei um familiar de um paciente entregar uma caixa de Fentanil (medicamento para fortes dores mais forte que a morfina) para um profissional da UTI 5. Espero que a familiar, que eu não vou revelar o nome, que é uma pessoa da nossa sociedade, conhecida minha e sua, inclusive, entregando essa caixa (Fentanil), quando eu identifiquei ser do mesmo lote do remédio adquirido pelo governo de Roraima", disse Marcelo Lopes, afirmando que há desvio de medicamentos na sua pasta, e que desvio e compra de remédios por familiares "faz parte da pandemia".
Interessante é que Marcelo Lopes nada falou sobre denunciar na polícia o desvio de remédios na Sesau, e preservou o nome de quem comprou o remédio, que poderia ajudar na apuração desse crime.
Não à toa, Marcelo Lopes, é conhecido como "Rolando Lero", personagem da Escolinha do Prof. Raimundo, que a cada resposta, enrola enrola e enrola. Lopes é falante e frio. Basta vê-lo em lives e entrevistas rolando o lero em cima das notícias diárias de falta de medicamentos e insumos no HGR, de mortes que dobram a cada semana no HGR sem demonstrar empatia com a dor dos familiares, e agora, em acobertar roubo de remédios.