- 18 de junho de 2025
Iradilson diz que Mecias mandou "tocar fogo" em documentos dos "gafanhotos da ALE"
O ex-prefeito Iradilson Sampaio disparou hoje rajadas de graves denúncias contra o homem do milagre da multiplicação dos bens, Mecias de Jesus, a quem acusa de se beneficiar com superfaturamento da reforma no prédio da Assembleia Legislativa, e de mandar "tocar fogo" nos documentos sobre os gafanhotos e outras irregularidades no poder, em 2007, quando Mecias era presidente da ALE.
Iradilson, também acusou a cobrança de propina por parte de alguns conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, "quando são relatores". E afirmou que ele próprio foi vítima de extorsão praticada por um conselheiro do TCE.
INCÊNDIO CRIMINOSO - O que sempre foi visto com suspeitas e desconfiança, Iradilson Sampaio afirmou com todas as letras ter se tratado de um crime praticado para esconder as provas dos "gafanhotos da ALE", já que, supostamente, não era recolhido à Receita Federal o imposto de renda das centenas de servidores que recebiam sem trabalhar na ALE.
O incêndio no "anexo" da Assembleia, justamente na sala em que estavam "as provas do superfaturamento daquela obra e os documentos que comprovariam que na Assembleia também tinha gafanhotos".
"O medo de Mecias, que nunca fez nada por Roraima e nem por lugar algum, a grande preocupação dele é da Darbilene (Rufino, mulher de Mecias), seja presa porque a reforma do prédio da Assembleia, com superfaturamento tão grande, e com os gafanhotos, que ele, que conheço bem, fez uma salinha e mandou colocar os arquivos e depois mandou tocar fogo, queimando tudo quanto era papel só no cubículo de madeira onde estavam a documentação dos gafanhotos e do superfaturamento da reforma da ALE, que custou, pelo menos, 20 vezes mais do que deveria acontecer", afirmou Iradilson.
EXTORSÃO DE CONSELHEIROS - Se dizendo, também vítima de extorsão de conselheiro do TCE, o ex-prefeito de Boa Vista, disse que no tribunal "tudo é esquema". "Não digo todos, mas a maioria dos conselheiros do TCE que são relatores só dão parecer favorável se - o ordenador de despesas - pagar propina", afirmou Iradilson, se colocando a fazer acareação do que disse.
Cabe, agora, ao Ministério Público do Estado e ao próprio TCE tomarem providências sobre as denúncias de Iradilson. O incêndio na ALE bem como o superfaturamento da reforma sempre foram vistos como suspeitos, como armações criminosas em que o poder público fechou os olhos, já que o Corpo de Bombeiros chegou a emitir três laudos até que o terceiro apontasse como incêndio casual.
Sobre o superfaturamento da ALE, o MPE fez um movimentozinho de que iria apurar mas pelo jeito, também acha que aquela reforma custou mesmo mais de R$ 20 milhões enquanto o edifício Varandas do Rio Branco, saiu por menos da metade do que o contribuinte pagou pela reforma - repete-se -, da ALE.
Vão dizer que Iradilson Sampaio estava bêbado quando disparou suas rajadas de denúncias. Tudo bem. Mas, não é quando se está bêbado que muitas verdades são ditas, segredos são contados e crimes revelados?