- 18 de junho de 2025
Deputados vão apanhar nas ruas
A terceirização geral da saúde pública de Roraima para ao grupo Samel, de Manaus, vai fazer a alegria dos deputados que aprovaram a medida com contratos para familiares e amigos, além de empregos para correligionários. E alegrará, também, os políticos que se posicionarem contra essa bocada, porque em seis meses, o caos nos hospitais do estado será tão grande, que essa gente que aprovou essa bocada correrá risco de apanhar na rua pelas mortes que serão responsabilizados.
Não foi à toa que o Grupo Samel entrou em maio passado em Roraima propondo camaradagem no combate à Covid 19, levado pelas mãos do presidente Jalser Renier e da cria Otaci Nascimento. Alí, nasceu a idéia e a proposta de transferir a incompetência de se administrar a saúde pública estadual para o setor privado por centenas de milhões de reais, onde todos apoiadores ganham.
"120 TONELADAS DE MALDADE" - Ganham os deputados que farão indicações sem precisarem participar de licitações públicas para colocarem empresas ligadas a eles para fornecerem e prestarem serviços à Samel-Sesau. E claro, vão empregar muita gente nessas empresas. Jeferson Alves que, costumeiramente, participava de reuniões entre servidores da Sesau para fechamento de contratos, vai se sentir mais livre em balançar suas "mais de 120 toneladas de maldade", segundo Telmário Mota, dentro da Samel-Sesau.
CONFISSÃO - Ah! Mas vão dizer que com a saúde privatizada, os médicos que não cumprem devidamente seus plantões e que atendem sempre um número menor de pacientes não receberam integralmente seus salários como ocorre há anos. Essa é a maior confissão de incompetência que já se ouviu, em que os defensores da terceirização geral assumem que há sacanagem e improbidades nos hospitais públicos e nada é feito para impedir esses crimes.
E não é preciso entrar muito em detalhes dessa suspeita negociação relâmpago quando em menos de 48 horas, se decidiu na Assembleia Legislativa jogar o segundo maior orçamento do estado para uma empresa indicada por deputados que perderam muito dinheiro no maior vexame eleitoral que, juntos e misturados, os adversários de Teresa Surita e Romero Jucá, passaram: a lapada humilhante que Arthur Henrique aplicou em Telmário Mota, Mecias de Jesus, Shéridan Bilú, Antônio Denarium , vovô Chico Cueca, e Jalser Renier.
Daqui a seis meses, no máximo, a imprensa nacional irá repercutir o drama de pacientes, de seus familiares, e os casos de mortes em Roraima, porque não será como um estalo de dedos que políticos famintos por contratos milionários na Sesau, que entregam menos do que vendem, vão mudar de comportamento ou saciedade.
Muita gente vai morrer igual muitos morrem hoje por falta de remédios, medicamentos e equipamentos. O bom será assistir deputado apanhando na rua, depois da peia, da lapada humilhante que levaram domingo passado.