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BATOM NA CUECA

Cestas e dinheiro iriam para grupo artístico e sindicato.


"Se não é compra de votos, é o quê?"

Os documentos apreendidos pela Polícia Federal na estranha operação de cadastramento de pessoas e grupos artísticos para entrega de cestas básicas e dinheiro pelo governo de Antônio Denarium, na semana da eleição, a princípio, são do tipo "batom na cueca".

Primeiro, por que bombeiros militares, policiais militares e servidores escolhidos a dedo estariam num domingo na sede da Univirr, e não da Setrabes, já que o programa é social e a pasta disso é a Setrabes, cadastrando até um grupo artístico, o Folclórico Amor Caipira, e para entidade sindical, como o Sindicato dos Vigilantes?

FICHAS - Nesses dois grupos, todos os participantes membros são pessoas carentes, todos estão na mesma situação, e pode ser assim, cadastrar por grupo, a rodo, porque para os Vigilantes havia 440 fichas, e para a Amor Caipira, 300 fichas?

Entre os documentos apreendidos consta uma agenda que, segundo a deputada Yone Pedroso, "informa dados que comprometem a benevolência de Denarium, em plena semana da eleição, que, queira ou não, beneficiaria Shéridan de Vicentinho, porque qual ingênuo acredita que essas cestas e esse dinheiro que seriam entregues não teria equipes de servidores fazendo propaganda da candidata do governador à Prefeitura de Boa Vista?"

CESTAS NO 1º TURNO E DINHEIRO NO 2º - E mais, a Polícia Federal vai investigar a forma dessa benevolência em plena semana da eleição. Corre informação que as cestas seriam distribuídas até sábado, 14, véspera do primeiro turno, e se Shéridan passasse para o segundo turno, R$ 200 seriam depositados no Crédito Social dos eleitores cadastrados.

Interessante é que, a pandemia rola há mais de sete meses, e justamente na semana da eleição, num domingo, com a presença de gente estranha ao tipo de trabalho, o governo acha de fazer o cadastramento de eleitores beneficiados. "Se isso não parece compra de votos, parece com o quê?", questiona Yone Pedroso.



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