- 18 de junho de 2025
A lição de Biden e Vilela
Pra mim, a maior lição - ou exemplo - que a eleição de Joe Biden passa para as pessoas e o mundo, é a de que não há idade para se começar ou recomeçar algo. Não há tempo pretérito para se realizar ou concluir projetos. A vida também começa ou os sonhos também se realizam após os 50 anos, 60 anos e 70 anos.
Joe Biden é o mais velho presidente eleito da maior potência do mundo. Depois de duas tentativas de ser o candidato do partido Democrata, e com 78 anos, ele deu o maior passo na sua carreira, e assume um novo trabalho e uma nova vida quando a maioria esmagadora das pessoas não pensa mais em guinadas nas suas rotinas, nem em grandes projetos profissionais, e nem em sonhos tão grandes como o de Biden.
Nesse ano de pandemia em que o distanciamento social se tornou no novo normal, eu vi pessoas com mais de 60 anos e 70 anos querendo voltar ao trabalho. Querendo realizar projetos pessoais. Querendo, como um dos melhores professores que tive, Antônio Vilela, de 70 anos, questionando racionalmente como pessoas poderiam se aglomerar em locais públicos e privados como praias, restaurantes e bares, e não poderiam, mesmo obedecendo protocolos de segurança, voltar às aulas nas escolas e universidades.
Vilela é o exemplo de dedicação e amor à vida. Pois dar aulas faz parte da sua vida apesar desse novo normal. Como ter o sonho ou objetivo de se tornar presidente dos Estados Unidos, foi a vida de Joe Biden, mesmo com esse novo normal.
Pra mim, não é a queda de um fanfarrão mentiroso, não é o futuro melhor nas relações entre os Estados Unidos e o mundo, e os reflexos disso para o Brasil, o melhor da eleição de Joe Biden. O melhor, é a lição de vida que podemos tirar disso.