"VERGONHA PARA RORAIMA"

Ottomar tinha razão sobre "Chico Gasolina"

Certa vez, em 2004, almoçando no Stela Gril, em Brasília, Ottomar Pinto falou sobre Chico Rodrigues - que ele passou depois a chamar de "Chico Gasolina" - para três amigos que estavam com ele, como Elton Ronelth e Manoel Lima: "O Chico Rodrigues pode passar a vida como deputado federal, mas nunca será um líder político e muito menos um bom orador."

Ottomar tinha toda razão. Por sorte do destino, Chico Traquino virou governador traindo Anchieta Júnior. Ele não cumpriu a promessa de apoiar exclusivamente o ex-governador ao Senado. Dividiu a estrutura do governo para apoiar também a candidatura de Luciano Castro, dando um "pedala Robinho", em Anchieta.

Chico não tem como negar a condição e o acordo que aceitou para  ser vice de Anchieta em 2010. E muito menos como negar que não cumpriu o que foi acertado, tanto que Anchieta ficou em terceiro para o Senado, atrás até de Luciano Castro.

Com esse tipo de comportamento, claro que ninguém se torna líder. Tanto que sentado na cadeira de governador, com apoio da ALE e da Prefeitura de Boa Vista, Chico do aeroporto fantasma perdeu para um poste de Neudo Campos.

Ontem, na convenção que homologou a candidatura de Shéridan de Vicentinho, Chico Panetone fez um discurso confuso, fraco e mentiroso. Enalteceu os brios de Marcos Jorge, usado e descartado ao bel prazer de Mecias de Jesus, como um "gesto de grandeza" dele. Que grandeza tem o homem que é um bibelô, ora candidato, ora vice, ora vereador, ora nada?

Só deu para ouvir os três primeiros minutos do enfadonho discurso de Chico da Art Tec emendas parlamentares, Mas foram suficientes para lembrar aquele almoço com Ottomar, em que eu também estava, e dos áudios de Telmário Mota o chamando "frouxo", "covarde", "vagabundo" e de "vergonha pra Roraima".  E Chico medroso nem respondeu.

Realmente, Chico de Assis pode passar a vida com mandatos eletivos, mas nunca foi e nunca será um líder político, porque nenhum líder político jamais será chamado de "frouxo" e de "vagabundo" por alguém como Telmário.  E muito menos grande orador. Com muito esforço, a gente aguenta só três enfadonhos e confusos minutos.