- 18 de junho de 2025
"Galo do Jalser"
Telmário Mota foi eleito prometendo combater ferozmente a corrupção, mas quando o assunto é processo criminal envolvendo desvio de dinheiro em que figure o presidente da Assembleia Legislativa, Jalser Renier, ele emudece. Não dá um pio. Finge que não sabe denada. E continua aliado de quem é acusado pelo Ministério Público Estadual de chefiar a maior quadrilha de larápios que já atuou na ALE.
Vê-se que o critério de combate à corrupção de Telmário Mota é de acordo com a sua animosidade em relação aos seus interesses eleitorais. Na semana passada, em um áudio que circulou em vários grupos de WhatsApp, Telmário afirma com todas as letras que necessita fazer alianças com Deus e o mundo para poder se reeleger.
DESESPERO - "Eu preciso formar grupo, porra! Eu preciso forma grupo, caralho! Eu preciso ter apoio do governo (Denarium), eu preciso do apoio do presidente da Assembleia (Jalser) pra eu poder ir pra minha reeleição. Ficar de papinho furado aí (críticas a ele por se aliar a Jalser) não me reelege, não", confessou Telmário que entre o combate à corrupção na ALE e ter apoio de Jalser, ele fica com Jalser.
Se precisa disso, é porque reconhece que é fraco. Reconhece que a peia que levou há dois anos, em que ficou atrás até dos votos brancos nulos para o governo, depois de quatro anos de mandato, mostrou que é fraco para enfrentar Romero Jucá, que não tem apoio de ALE, de governo e de deputados.
O risco de Telmário Mota levar outra troulhada nas urnas e ficar, de novo, atrás dos votos brancos e nulos, é grande, justamente porque em 2018 ele não tinha a pecha de oportunista e de vendido para o presidente da ALE. Em 2022, além de senador fraco, ele, pianinho, vai concorrer como "galo do Jalser".