QUE NEM BARATAS

Chinelo da PF bateu forte e senadores sumiram

Um leitor da Coluna comentou a pouco que a operação da Policial Federal nas casas do deputado Jeferson Alves, e do ex-secretário de Saúde, Francisco Monteiro, e na Assembleia Legislativa, "pareceu quando você bate o chinelo no chão e as baratas somem correndo". Isso porque, nenhum dos três impolutos senadores de Roraima, até agora, não deram um pio sobre a ação da PF.

Mecias de Jesus tem na União Serviços, de uma humilde irmã sua, a empresa que mais vem faturando em milhões de reais em contratos com a Sesau há anos. Ele foi um dos que rasgaram elogios naquela estranha e pomposa solenidade de exoneração de Francisco Monteiro, em que o secretário que pagou antecipadamente de forma irregular 30 respiradores superfaturados a R$ 6,4 milhões, foi homenageado por todos, inclusive, por Antônio Denarium.

Telmário Mota, querendo ir além na rasgação de seda e salamaleques a Monteiro, afirmou com todas as letras que "Monteiro não cometeu crime nenhum", "não deu prejuízo nenhum" ao estado, e só estava sendo demitido por questão política. Para Telmário, pagar irregularmente antecipado 30 respiradores supefaturados em mais de 500% não é "prejuízo algum" para o estado, e nem "crime nenhum", não é?

PF PODE DESVENDAR - Aquela solenidade de demissão cheia de rapapés em homenagens a Monteiro gerou desconfiança no meio político de que todos ali que elogiaram o secretário demitido tinham alguma coisa em comum em querer manifestar de corpo presente que lhe apoiavam. O motivo disso, quem sabe a Polícia Federal, não revele nos próximos dias.

Enquanto isso, Telmário, Mecias, e Chico Rodrigues, que tem aquele sobrinho serelepe lobista afoito perambulante na Sesau, não deram, até agora, um pio sequer sobre rolos na secretaria que tem R$ 1 bilhão para fazer a alegria de empresas e políticos. Parece que o chinelo bateu forte.