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ELEIÇÃO PECULIAR

Na urna, estarão as imagens de Teresa, Jalser, Mecias, Haroldo Cathedral e as dos que vão como franco-atiradores


Eleição de padrinhos

Essa eleição desse ano para prefeito de Boa Vista já se mostra a mais peculiar da história do município. Tirando Luciano Castro, os demais candidatos são novatos na política, sem experiência ou com pouco dela em gestão pública. Uns, tidos como franco-atiradores, parecem concorrer mais para sedimentar seus nomes para eleição ou reeleição futuras. Outros, completamente dependentes de seus padrinhos para engatinhar nessa campanha eleitoral.

Soma-se a esse fato, o desinteresse do eleitor que, em plena pandemia, está mais preocupado com a sua saúde e de seus familiares por causa da Covid-19, e como pagar as contas devido à crise econômica, do que se entreter com eleição, com propagandas eleitorais antecipadas, e com as promessas de um mundo melhor que os candidatos estão fazendo já em visitas, mas, principalmente, nas redes sociais.

PREOCUPAÇÃO - Como será uma eleição voltada mais para lives e publicidade virtual nas redes sociais, haverá um distanciamento entre candidato e eleitor que colabora e muito para esse desinteresse. Esse comportamento alheio do eleitor já preocupa as duas candidaturas mais robustas ligadas ao governo de Antônio Denarium, que são as de Otaci Nascimento e Marcos Jorge, ambos completamente dependentes do apoio de seus padrinhos: Jalser Renier e Mecias de Jesus, respectivamente.

Fontes garantem que o sentimento de Jalser e Mecias é de que nem Otaci, apesar de todas manifestações que teve de deputados a seu favor, e de Marcos Jorge, abençoado por um milagreiro patrimonial e senador tido como "potência", além de um deputado federal de três mandatos, estão longe das expectativas para esse momento, tanto que Jalser ainda não fechou o vice de Otaci, e Jonatan de Jesus já se colocou à disposição para concorrer diante do apático desempenho do seu candidato que faz o estilo budista-evangélico.

SUBIU NO TELHADO - Sobre Jonatan se postular a entrar no jogo eleitoral, e mesmo com Mecias de Jesus afirmando depois que Marcos Jorge "continua" pré-candidato, a impressão de todo mundo é a de que candidatura opaca de Marcos Jorge subiu no telhado. Há, sim, o objetivo de Mecias fazer o seu prefeito que lhe cacifique a disputar o governo em 2022. Mas Otaci, com a aquisição do combo de 18 deputados estaduais e 10 partidos políticos, feita por Jalser Renier, disparou o sinal de alerta no milagreiro.

Para Mecias, não deixar Jalser eleger seu escolhido para prefeito já é um ganho, ou, um empate. Isso porque, com o governo Denarium fazendo água como faz desde o início, o povo clamará por outro nome, e nem Jalser e muito menos Mecias, apoiará um Titanic quebrado e mal visto. Que Jalser fique bem ciente: Mecias prefere até que o candidato de Teresa Surita vença, do que Otaci. 

O QUE FIZERAM? - Os demais candidatos, tirando Luciano Castro, terão que convencer o eleitor de que a falta de experiência política e de gestão pública será superada. Terão que mostrar o que fizeram para merecer ser prefeito de Boa Vista. E mais, justificar como que mal entraram na política, e já querem sentar na janela?

Arthur Henrique difere dos demais novatos pelo fato de já participar há sete anos da realidade administrativa-financeira da PMBV, e por está publicamente comprometido a continuar o trabalho de Teresa Surita. Trabalho esse que é aprovado por mais de 70% da população do município. Mas ele também depende, inteiramente, do apoio de sua madrinha.

No bojo, na hora de apertar o voto na urna, o eleitor verá, sim, as imagens de Teresa Surita, Jalser Renier, Mecias de Jesus, Luciano Castro, Haroldo Cathedral, Hiran Gonçalves, e as dos que vão como franco-atiradores nessa eleição de padrinhos..

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