- 18 de junho de 2025
Mortes têm o silêncio conivente de deputados e senadores de DenariumComo é que Roraima foi o estado que, proporcionalmente, mais recebeu recursos da União para o combate ao coronavírus, o governo deixa pacientes correrem risco de morte por falta de sonda de respiração no Hospital Geral? Quantos pacientes não morreram nos últimos dias por respirarem a secreção produzida devido à falta de sondas?
A Secretaria de Saúde confirmou que o hospital está sem as sondas de respiração, e que já providenciou a compra delas. Mas isso não é justificativa. Isso não exclui a responsabilidade da Sesau e do governo do estado em negligenciar tratamento médico quando "dinheiro tem", como dizia Antônio Denarium durante a campanha eleitoral de 2018, e completava "o que falta é gestão".
O roraimense vem sentindo na pele há um ano e meio que gestão continua faltando, e muito, no setor da saúde. Basta lembrar notícias das semanas passadas sobre as goteiras e alagação dentro do HGR, um problema administrativo que perdura há anos mas que essa gestão denariana não cuidou.
O pior, é o conluio político-fisiologista do qual Roraima é vítima. Denarium conta com apoio total de sete deputados federais e dos três senadores, e de todos os 24 deputados da Assembleia Legislativa. Com isso, nenhum parlamentar, que tem obrigação e dever de fiscalizar as ações do governo, não toma nenhuma providência contra toda essa incompetência que gera mortes. Não promovem nenhuma ação que repare os danos por quem morreu ou venha morrer pela simples falta sonda de respiração no HGR.
SÓ QUANDO QUEREM "MAMAR" - Esses "representantes" do povo roraimense só sabem bater o pé, reclamar e ameaçar de impeachment o governador quando querem algo em troca, como foi justamente o caso da Sesau e seu R$ 1 bilhão de orçamento. Os deputados que afirmaram com documentos na mão sobre desvio de dinheiro público e corrupção n Sesau se calaram quando na votação para abertura de processo de afastamento de Denarium, depois que Marcelo Lopes, assessor de do presidente da ALE, Jalser Renier, virou o secretário de Saúde.
Fisiologismo safado e negligenciador. As mortes que vêm ocorrendo no HGR por falta de medicamentos ou aparelhos, têm nelas as digitais dos que se calam, dos que apoiam essa falta de gestão. E nesse bojo, pode-se incluir o Ministério Público Estadual. Órgão apático e distraído perante ao caos constante no HGR.
Só resta ao cidadão roraimense a esperança que a Polícia Federal, a exemplo do que ocorreu no Amazonas, no Pará, em Rondônia e Amapá, realize operação policial pra desmantelar casos de superfaturamento de tudo quanto é insumo para a saúde pública. Denúncias e motivos têm de sobra. Só a ALE, maioria dos deputados federais, e os três senadores é que estão tapando os olhos e ouvidos para dor de pacientes e dos parentes dos mortos.