- 18 de junho de 2025
TRE tem que ignorar voto criativo a favor de OdilonO fundador da empresa Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, e a filha, Laura, foram presos na semana passada acusados de sonegação de imposto. Laura teve os bens bloqueados já que a investigação aponta que o empresário desviava o dinheiro para comprar imóveis e participações em empresas e colocava tudo em nome dela.
Ou seja, a justiça entendeu que Laura Nunes foi beneficiada com fraude, com um crime. E esse é entendimento geral da justiça. Assim, é de se questionar, e muito, o voto do relator do processo de cassação do deputado Odilon Filho, Francisco Guimarães, que reconheceu, em sessão no TRE, que houve fraude na produção de um documento irregular, feito pelo vereador Julinho, e que foi usado para permitir que Odilon concorresse em 2018.
Ora, se o documento usado é irregular. Se a candidatura de Odilon é fruto de uma fraude, de um crime. E com isso ele concorreu infringido a lei eleitoral, como Odilon pode ser considerado inocente se ele foi todo beneficiado com documento irregular?
Independente de que a fraude tenha sido praticada pelo vereador Julinho, e não por Odilon, igual à Laura Nunes, que adquiriu casas e fazendas com a sonegação de impostos das empresas do pai, Odilon só concorreu e se elegeu porque estava amparado em um crime. O TRE deve ignorar esse voto criativo de Francisco Guimarães.