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O POVO QUE MORRA NO HGR

Pra CPI da Saúde ficam calados os nobres deputados fiscais do povo.


O que Jucá falar merece repúdio
Três, dos sete secretários de Saúde, deixaram seus cargos afirmando que corrupção e desvio de dinheiro público em contratos superfaturados e ingerência política dentro da Sesau ocorrem. Não houve uma semana sequer desse governo de Antônio Denarium que negligências médicas e administrativas, com falta de remédios, de leitos, com comida ruim, com atraso no pagamento de empresas até de familiares de políticos, e goteiras vazando águas da chuva em cima de pacientes, foram mostradas em vídeos e fotos nas redes sociais e na imprensa.

E na terça-feira, 7, nenhum deputado estadual, eleitos para fiscalizar o governo e seus gastos, deu um pio, fez qualquer movimento, sequer piscou nos segundos em que o presidente da ALE, Jalser Renier, colocou em discussão e votação o dois pedidos de impeachment de Denarium. Nem os três deputados que protocolaram um pedido recheado de provas de desvio de dinheiro na Sesau, se manifestaram. Calados estavam e calados ficaram.

Gerson Chagas e Jorge Everton, presidente e relator da CPI da Saúde(?), nem pisaram os olhos.`Ficaram congelados, paralisados. E eles, têm todo conhecimento de série de documentos e depoimentos sobre os rolos da Sesau. Ou seja, todos os deputados emudeceram num silêncio ensurdecedor nunca visto em qualquer assembleia legislativa do país perante a dois pedidos de impeachment de um governador.

NADA ERRADO NA SESAU - Em suma, todos afirmaram que tudo corre bem na Sesau. Sem contratos com empresas de políticos e de seus familiares faturando milhões de reais em contratos superfaturados. Pessoas não morrem no HGR por falta de medicamentos, aparelhos e leitos. Não há goteiras no hospital. Respiradores foram comprados a preço de banana. E Denarium faz uma gestão exemplar. Então não havia nada o que se falar.

No entanto, bastou Romero Jucá, com base em informações de servidores da Presidência da ALE, que vazarem que Jalser Renier recomendou à "assessoria de redes sociais" que colocasse um sem número de pessoas para ofenderem Jucá durante a live no Facebook e Youtube que ele faria, para os mudos e sem língua deputados, postarem protestos contra Jucá, alegando que Jalser nunca seria capaz de uma coisas dessas.

Todos os servidores da ALE e demais servidores públicos do estado, viram  o comportamento estático de todos os deputados perante votação do pedido de impeachment de Denarium. E pra toda essa gente fica a certeza de que, os deputados esquecem o que afirmam e acusam numa dormência geral. Mas são bem dispostos e indignados quando o presidente deles é acusado de fazer o que não seria surpresa alguma.

​NA 93 FM - Basta ver os nomes dos que mais atacam Teresa Surita, que Jalser Renier interpelou completamente "desgardenado" ou "desrivotrilado" na rádio 93 FM, e Romero Jucá - de quem o mesmo Jalser era aliado de primeira hora até pouco tempo -, trabalham na ALE, trabalham em gabinetes de deputados ou são conjugues ou irmãos de servidores da ALE. Trocando em miúdos, é gente que come direta ou indiretamente na mão de Jalser.

Resumo da ópera. Para esses deputados estaduais, os rolos na Sesau, as denúncias de desvio de dinheiro público, mortes por negligências médicas e administrativas, e contratos superfaturados com empresas ligadas a políticos não merecem qualquer manifestação. Mas o que Romero Jucá falar, sim.

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