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RESPIRADORES SUPERFATURADOS
Operação abafa prevalece.

Nada de algemas e camburão prometidos por Denarium
Há dois meses em solenidade pomposa no Palácio Hélio Campos, Francisco Monteiro, era exonerado da Secretaria de Saúde, depois de pagar antecipadamente de forma irregular 30 respiradores superfaturados a R$ 6,4 milhões. No evento, o homem do milagre da multiplicação dos bens, Mecias de Jesus, pediu uma salva de palmas para Monteiro, endossado por Telmário Mota que classificou o então secretário de competente e sério.

Foi nessa solenidade que Antônio Denarium afirmou que "sabia da compra, mas não sabia do valor dela", como se alguém acreditasse nisso, logo ele, que regula gastos com gasolina dentro do Palácio. E mesmo se fosse verdade, como gestor, Denarium assume inapetência e se coloca como responsável pela compra superfaturada com pagamento antecipado.

Na base governista, deputados e senadores fizeram discursos enxuga gelo, dizendo que essa compra de respiradores tem que ser apurada. Mas nenhum foi capaz de bater firme no crime administrativo cometido por Francisco Monteiro. Não se paga nada antecipadamente na administração pública. Esse crime causou prejuízo aos cofres públicos e têm odor forte de corrupção e propina.

A empresa CMOS Drake, contratada por Francisco Monteiro para fornecer os respiradores por R$ 215.491 cada um, acusou o governo de Roraima de ser o responsável pelas irregularidades que ocorreram na compra dos aparelhos, e informou que propôs devolver os R$ 6,4 milhões como uma proposta de conciliação, mas o Ministério Público de Roraima “estranhamente não se manifestou” e o governo “ignorou”.

Em um vídeo da campanha eleitoral de 2018, Denarium, ao lado de Mecias, réu malandro em processo criminal em que é acusado de roubo de dinheiro público junto com a mulher Darby Rufino, o sogro e um cunhado, afirmou: "Qualquer pessoa que tiver desvio de conduta, desvio de dinheiro público, pode ser lá dentro do Palácio, pode ser dentro de qualquer secretaria tem que ser tratado igual a um bandido comum. Vai sair de lá algemado e num camburão da polícia. É assim que merece ser tratado as pessoas que têm desvio de dinheiro público".

Francisco Monteiro, que cometeu crime administrativo que exala odor de corrupção e propina, saiu livre, leve e solto num carrão depois de receber uma salva de palmas em que Mecias de Jesus e Telmário Mota eram os mais entusiasmados. Nada de algemas e camburão da polícia prometidos por Denarium.


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