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AFINIDADES ELETIVAS
Interesses comuns anestesiam investigações na Sesau.

Status quo
Duas semanas após assumir a Secretaria de Saúde, Marcelo Lopes, está no mesma situação que seus antecessores no que tange à manutenção do status quo na pasta. Nada mudou. Não há apuração de irregularidades. E o foco está em proporcionar momentos para Antônio Denarium e aliados posarem para selfies comemorando o que não deveriam comemorar depois do atraso de quase três meses para colocar o Hospital de Campanha em funcionamento. Mortes ocorreram por causa desse desleixo.


Realidade um ano e meio
As empresas ligadas a políticos - umas, assumidamente de políticos - continuam com contratos milionários parecendo que esses contratos não estão superfaturados e são cumpridos à risca, embora as queixas de falta de higiene nos hospitais, a péssima qualidade da comida servida a pacientes e acompanhantes, a falta de remédios, medicamentos e equipamentos continuem sendo a realidade comum desse um ano e meio de governo Denarium.


Grande acordo
A impressão é a de que há um conluio, um grande acordo para que nada seja modificado na Sesau, principalmente, seus contratos milionários com empresas ligadas a políticos. Desde a saída de Aílton Wanderley, que denunciou esquema que privilegia essas empresas e a ingerência de política na gestão da pasta, os demais sucessores não modificaram esse quadro de negócios, e de péssimo serviço prestado à população.


Se repetem
Quem entra na Sesau, parece que entra no esquema. Assume falando em devassa, em apurações, e revisões de contratos. E um mês e duas semanas depois - média que cada um dos sete secretários que já passaram pela Sesau ficam no cargo -, deixam o posto apontando as mesmas irregularidades, as mesmas ingerências, sem apontarem nomes e sem terem feito o que tinham prometido.


CPI perdida e sem rumo
​A tal CPI da Saúde se arrasta como uma tartaruga. Se mostra perdida tentando parecer que está funcionando. É compreensível. A Sesau está sob responsabilidade do presidente da ALE, Jalser Renier, que para o bem ou para o mal, é que pode dar destino à CPI, que tem no presidente e no relator dela, dois aliados de Denarium.


Poupar trabalho
Daqui a um mês, quando Marcelo Lopes deixar a Sesau - é a média de permanência na Sesau - com o mesmo trololó de seus antecessores, sugiro que os colegas da imprensa aproveitem textos e narrações que fizeram sobre a saída dos ex-secretários. Tudo o que será dito por Lopes, já foi ouvido e divulgado. Vai nos poupar trabalho.


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