Igual o Diabo que foge da cruz
Com a decisão de ontem no TRE que não acatou Ação de Impugnação de Mandato Eletivo contra o homem do milagre de multipicação dos bens, Mecias de Jesus, ele fez comentário que é pura gozação. "Continuo acreditando na Justiça do meu país e digo a todo povo de Roraima que vamos continuar firmes e confiantes, certos de que nós cumpriremos o nosso dever".

É interessante que apesar de toda essa confiança e sentimento de dever ético, Mecias foge do julgamento dele junto com a mulher Darbilene Rufino, do cunhado Donivon e do sogro Afonso Rodrigues, acusados de roubarem dinheiro público no Caso dos Gafanhotos, como o Diabo foge da cruz. Será que foge porque 99% dos que foram julgados no Gafanhotos foram em cana?

Em mais de 15 anos, Mecias e sua turma ainda não foram julgados. Isso porque, malandramente, Mecias lançou mão de artifício, a tal chicana jurídica, que a justiça federal vem engolindo ou engoliu - já que, de repente, o processo caducou - de colocar como testemunhas de defesa pessoas que moravam fora de Roraima e nunca foram encontradas. 

Em outros casos, as testemunhas de Mecias levaram meses e anos para cumprir etapa do processo, como o depoimento de um ex-senador que demorou um ano inteirinho para dizer - não se sabe o quê que ajudadde a defesa -, e do assessor braço-direito pau pra toda obra, Jota R. Rodrigues, que levou meses para ser localizado em Boa Vista, mostrando que, se Mecias acreditasse tanto assim na justiça, teria pedido a Jota R para depor logo.
 
Aliás, se Mecias quisesse, já teria forçado a barra na justiça federal para ser julgado junto com sua turma. Isso, sim, seria acreditar na Justiça" e mostrar para "todo povo de Roraima" que é um político "firme, confiante, e certo no cumpririmento do nosso dever". E não fugir do julgamento dos Gafanhotos como o Diabo foge da cruz.