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COISA FEIA

Reserva de mercado e politicagem no HGR.


Erraram todos
​Aquela situção vexatória de acusações mútuas do Exercito e dos médicos do HGR criada com alegação dos médicos de que não liberaram transferência de pacientes com a Covid-19 para o hospital de campanha porque o general Antônio Barros, que coordena o hospital de campanha, estaria "escolhendo" quem iria e quem não iria, o que não foi aceito pelos médicos, foi destaque no Jornal Nacional.

O general disse que apenas foi acompanhar a transferência e que os pacientes seriam escolhidos pela Secretaria de Saúde. “Eu fui impedido de entrar, porque não sou médico e isso me causou uma surpresa. Foi um procedimento acertado com o secretário da Saúde”, afirmou Barros.

Nos corredores do HGR, circulou a informação que os médicos criaram aquela situação com aval do secretário Marcelo Lopes por causa de questão política. Os médicos são contra a contratação de médicos formados fora do país que estão sem o revalida (documento que permite atuarem no país). O hospital de campanha não teria médicos com registro no Conselho Regional de Medicina para receber e se responsabilizarem pelos pacientes, numa desnecessária briga por reserva de mercado em plena pandemia com gente morrendo por falta de remédios, leitos e UTIs.

A outra questão, teria sido o aborrecimento que deputados estaduais e pré-candidatos governistas à Prefeitura de Bos Vista tiveram na sexta-feira à noite quando gravavam "lives" para suas redes sociais se autopromovendo com a inauguração do hospital de campanha, e teriam sido impedidos de continuarem suas divulgações por ordem do general Barros.

Em todo o caso, se por excesso de zelo, se para evitar escolhas de pacientes, se por reserva de mercado, ou por revolta política, o que não pode é cenas como aquelas da manhã de ontem, com gente precisando de atendimento, e gente que perderam à tarde e à noite por Covid-19 no HGR, serem repetidas. Erraram todos.

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