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NEM UM PIO
Coisa parecida com cumplicidade, com conivência.

O silêncio consente e vergonhoso da OAB-RR
​Diz o ditado popular que, "quem cala, consente". Esse silêncio estrondoso da OAB de Roraima sobre o caos na saúde pública, o colapso no Hospital Geral com descontrole de mortes de vítimas da Covid-19 por falta de remédios e equipamentos; com o governador do estado enrolando todo mundo e não equipando o hospital de campanha que poderia ter salvo, pelo menos, 80 pessoas que morreram pela Covid; e a enganação de pagar o tal Renda de Cidadão, de R$ 200 para cinco mil famílias, é contraditório à posição da Ordem como defensora dos direitos da sociedade.

Aliás, é mais que contraditório, é vergonhoso, é revoltante, e é constrangedor tanto para os cidadãos como os próprios advogados que não vêm a OAB de Roraima dar um pio, um nota sequer de lamento ou protesto sobre o descaso descarado do governo em reter testes rápidos que deveriam ser fornecidos para as unidades de saúde de Boa Vista, que concentra 70% da população, e o governo faz isso por questão política-eleitoral em querer desgastar a imagem da prefeita Teresa Surita.

A OAB se torna apoiadora discreta do que Denarium não executa e do que ele não cumpre como obrigação nesse momento em que mais de cinco mil infectados e beirando 200 mortes, que poderiam ter sido evitadas, repete-se, com hospital de campanha funcionando desde que foi anunciado pela primeira vez as suas atividades, para abril passado, há dois meses. A OAB se fecha em copas, e empresta o silêncio a quem fez fortuna na vida emprestando dinheiro a juros.

Parece que para a OAB de Edinaldo Vidal, o coronavírus não entrou no estado, isso, pela forma letárgica com que se manifesta. E as mortes que vem ocorrendo e crescendo a cada dia, não são por Covid-19. Só pode ser isso diante desse silêncio estrondoso e perante tanto descaso do governo do estado. Silêncio esse que revolta e que constrange a todos os advogados de bem de Roraima.


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