00:00:00

COLAPSO NA SAÚDE

Sétima mudança na Sesau.


Mais uma vez
Pela terceira semana seguida, a situação dramática de pacientes se amontoando em corredores lotados à espera de atendimento no Hospital Geral de Roraima, foi destaque em reportagem no Jornal Nacional, mostrando pacientes da Covid-19 e pacientes com outros problemas de saúde, todos misturados.


Imagens de corpos
A reportagem exibiu cenas de ausência de leitos, pessoas em macas nos corredores lotados, e em pé a espera de atendimentos. Exibiu imagens do corpo de uma vítima do coronavírus sendo levado ao necrotério do hospital passando entre os pacientes, e de outro com o corpo enrolado num lençol.


Colapso e caos
Em suma, o JN exibiu pela terceira semana seguida, reportagem sobre o deficiente enfrentamento ao Coronavírus, e o colapso no atendimento do Hospital Geral de Roraima que se agrava a cada dia. Lembrando que o HGR é o único hospital público que está capacitado para atender casos de coronavírus no estado.


Proposta administrativa
Diante dessa situação de caos, e do amontoado de denúncias, acusações e auditorias que apontam esquema criminoso de desvio de dinheiro público na Secretaria de Saúde, com fraudes em licitações, contratos superfaturados com empresas de "laranjas" e de parentes de políticos, o governador Antônio Denarium decidiu compor com proposta de administração do setor da saúde pública feita pelo presidente da Assembleia Legislativa, Jalser Renier.


Lista de ações

A proposta coloca dois técnicos, Marcelo Lopes e Leocádio Vasconcelos, e um médico, Alexandre Salomão, todos com experiência em gestões à frente da Sesau e Semsa (Secretaria Municipal de Saúde); suspensão de contratos tidos como suspeitos ou superfaturados mesmo os firmados recentemente em sistema de urgência; fim do contrato com cooperativa de médicos passando a Sesau a contratar diretamente os profissionais de saúde; acompanhamento direto com técnicos do Ministério da Saúde e do Exército - isso no caso do hospital de campanha -; uso de estrutura de hospitais particulares para atender casos graves; liberação de recursos federais para aquisição imediata de insumos, material e equipamentos para atender necessidades dos hospitais e dos profissionais de saúde, e intensificação de campanha de prevenção ao contágio com apelo de que as pessoas fiquem em casa evitando áreas de aglomeradas.


100% de foco
"Estamos unindo todos os esforços para uma só batalha: enfrentar o coronavírus de forma que menos pessoas sejam infectadas, mais pessoas sejam atendidas, e menos venham a morrer", disse Jalser Renier em uma rede social, acrescentando que o momento exige da classe política "100% de foco no combate à Covid-19".


Reclamação
O entendimento entre ALE e governo para que a proposta de gestão fosse acatada partiu depois que Jalser Renier esteve no hospital de campanha, e saiu de lá reclamando por que o governo ainda não tinha feito à sua parte, dois meses depois que a estrutura foi entregue pelo Exército, que, internamente, critica a ausência do governo, onde vidas poderiam ter sido salvas, e vidas poderão ser salvas.


Realidade
A nova gestão da Sesau, a sétima desse governo Denarium, vai assumir enfrentamento ao coronavírus com realidade de cinco mil infectados e mais de 120 mortes, em que apenas 20 leitos de UTI com respiradores e outros 18 que foram adaptados estão sub-atendendo no HGR, numa realidade cruel de incompetência administrativa que tão cedo será esquecida pelo cidadão, pelo eleitor.


Vídeos
​Ontem, três vídeos postados nas redes sociais mostraram a dor de famílias que perderam entes queridos por falta de vaga no HGR. “Às 2h30 meu irmão chegou com ele em casa dizendo que não tinha medicação no hospital e também não tinha oxigênio para todos”, lamenta Susana Ferreira.


Fim de promessas
Sobre o hospital de campanha, montado há mais de dois meses pelo Exército com capacidade para 1,2 mil leitos, inexplicavelmente, segue fechado, com seguidas promessas de inauguração "na próxima semana" feitas por Antônio Denarium, desde fim de março passado. O número de UTIs disponíveis faria com que o hospital de campanha de Roraima fosse o maior do Brasil. Mas, sem medicamentos, sem profissionais de saúde e sem equipamentos, ele não tem como funcionar.

Últimas Postagens