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INTERVENÇÃO FEDERAL
Roubos na Sesau são confirmados.

Olivan confirma denúncia feita há um ano
O secretário de Saúde, Olivan Júnior, confirmou, um ano e um mês depois o que o primeiro dos seis secretários que já chefiaram a pasta, Aílton Wanderley, denunciou quando deixou a secretaria de que o setor da saúde pública vivia um caos graças à ingerência política de senadores e deputados, em contratos milionários e indicações de servidores na Sesau.


Intervenção federal
Olivan Júnor solicitou a Antônio Denarium que pedisse com urgência intervenção federal na Saúde estadual por não encontrar outro meio, se não o de colocar nas hostes federais o controle de um setor que vive um colapso desde o primeiro dia de mandato de Denarium, permitindo que o governo federal realize auditoria sobre os contratos nas pastas, e passe a firmar novos sem ingerência política.


Incompetência de Denarium
De certo modo, o pedido de intervenção federal demonstra a incapacidade de Antônio Denarium em administrar frente aos interesses políticos de políticos da sua própria base de sustentação. Cabe lembrar que há um fato inédito na história de Roraima, em que um governador conta com 100% de apoio da bancada federal. Os três senadores e os oito deputados federais lhe apoiam. Destinam recursos para o governo. 


Priorizam negócios
Mas pelo que se viu e se vê, Denarium entregou a Sesau para senadores e deputados que não priorizam cuidar da população e salvar vidas. Priorizam seus interesses - ou de aliados - em contratos e indicações de cargos. Quando foi que um dos três senadores em particular, e os dois deputados médicos, denunciaram os mal feitos no HGR, ou sequer, reclamaram de doentes lotando os corredores em macas?


Sobrinho de Chico, irmã de Mecias e Telmário calado
Telmário Mota, Chico Rodrigues, Mecias de Jesus, Jonatan de Jesus, e Hiran Gonçalves nunca deram um pio sobre o caos na saúde pública. Chico tem o sobrinho lobista Léo Rodrigues agindo por uma empresa dentro da Sesau. Se quebrar o sigilo telefônico dele, muita coisa pode vir à tona. Mecias tem uma irmã e um sobrinho donos da empresa que há anos fatura milhões de reais em contratos. Esses parentes levam vida humildes em São João do Baliza, embora faturem, repte-se, milhões de reais em contratos. E Telmário fica calado porque quer o apoio do governo para sua reeleição.


Empresas envolvidas
Jonatan de Jesus e Hiran Gonçalves, dois médicos que nunca viram nada de errado nas denúncias de falta de remédios e equipamentos, de gente morrendo por negligência administrativa, de goteiras nos corredores cheios de macas com doentes. Os dois nunca criticaram um agulha solta na Sesau. Jonatan tem a empresa da tia faturando milhões de reais, e Hiran, ainda tem a sua clínica com contratos na Sesau?


"Inviável"
Olivan Júnior é bem direto no ofício em que sugere ao governador pedir intervenção federal, onde apresenta um “Diagnóstico da Gestão da Secretaria de Saúde de Roraima, para salvar vidas”. Sem a intervenção, o secretário afirma que se tornará "inviável" qualquer trabalho na Sesau, diante do caos que pasta vive.


Ingerências
Diz Olivan: “há problemas conjunturais relacionados às compras e aquisições de insumos, para dotarmos às unidades de saúde. Bem como há entraves na contabilidade financeira, para realizar boa gestão, para contratação de profissionais” que impedem qualquer pessoa de realizar um bom trabalho na Sesau. E como há ingerência política em contratos e indicação de pessoal, só a intervenção federal tira esse peso das costas do governo.


Dívidas emperram
Denarium foi alertado que “o passivo existente e o histórico de contratos irregulares emperram o cumprimento de obrigações financeiras e administrativas. E há verdadeiros obstáculos para a gestão desta pasta, inclusive, prejudicando o cumprimento legal das obrigações. Até mesmo quando se busca honrar os compromissos assumidos, pelas gestões anteriores, em face de diversos pagamentos pendentes”.


Situação grave
O documento informa o governador de que não há estoque apropriado e nem planejamento anterior voltado ao abastecimento das unidades de saúde da Capital e Interior, ou seja, falta tudo na Sesau. “É grave a situação de desabastecimento, em especial de medicamentos e outros insumos, para a Covid-19, em função da elevada procura por tais produtos, além da escassez de equipamentos específicos, que devem ser utilizados pelos médicos para salvar vidas. Somados ainda à falta de pessoal de saúde para combater a Covid-19, em larga frente”.


Constatação de crimes

Os deputados que compõem a CPI da Saúde e o pedido de impeachment de Denarium podem muito bem usar o pedido de intervenção federal para endossar suas ações. “Há constatação de diversos processos de pregões fracassados e/ou desertos, instaurados para aquisição de medicamentos e demais materiais de grande, médio e pequeno porte”, afirma o secretário Olivan Júnior.


Quem é o responsável?
Ou seja, o próprio secretário de Saúde, com dados que ele próprio levantou dentro da pasta, afirma que fraudes ocorreram em processos de licitações, e consequentemente, contratos irregulares foram firmados. E quem é o responsável por esse desmando todo? Quem colocou seis gestores na Sesau, dos quais três, Aílton Wanderley, Allan Garcez e agora Olivan Júnior informaram Denarium de que havia roubo na Saúde, ou seja, ele sabia do que ocorria, não é?


Qual a desculpa?
​Não sei qual será a desculpa que Jorge Everton, que se bandeou para o lado de Denarium depois de indicar o seu chefe de gabinete para diretoria do Detran, e Gerson Chagas, que se diz independente, atuais relator e  presidente da CPI da Saúde, vão alegar para que o afastamento do governador não seja pedido diante de provas e testemunhos em forma de ofício que pede intervenção federal na Saúde.  


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