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MAIS SUSPEITAS NA SAÚDE

Contrato é tido como mais um superfaturado.


Empresa de sorte
A Haiplan Contruções, com mobilização do ex-vereador Léo Rodrigue, tido como braço-direito do tio senador Chico Rodrigue, é o que se pode chamar de uma  empresa de sorte. Na sua primeira operação a Hailan faturou contrato de R$ 1.248.493,00 (Hum milhão, duzentos e quarenta e oito mil, e quatrocentos e noventa e três reais). Os deputados da CPI da Saúde receberam cópias desse processo considerado por empresários como superfaturado.


Coisa da política
É o que mostra a nota fiscal da Hailan, de número 000 000 001, Série 1, para fornecimento de materiais hospitalares para uso de médicos e enfermeiros, por uma empresa que na sua raiz é de construção civil e comércio de material de construção. Coisas que na política, tendo um senador que tem um sobrinho voluntarioso, se compreende.


"Sócio da empresa"
Sim, Léo Rodrigue é tido como voluntarioso por empresários que chegaram a concorrer com a sortuda Hailan Construções. "Ele (Léo Rodrigue) agiu como se fosse sócio da empresa", disse um empresário. "Estava bastante empolgado com o processo de escolha", comentou outro empresário, acrescentando que essa empolgação de Leozinho deveria ser para salvar vidas de enfermeiros e médicos. Só pode, não é?


Falso flagrante
Mas esse voluntarianismo de Léo Rodrigues às vezes ultrapassa as raias da boa fé. Em 2010, ele foi acusado de armar um falso flagrante de drogas contra Eduardo Campos, filho de Neudo Campos, então candidato favorito naquela eleição. A intenção, segundo a denúncia, era a de ajudar a eleição do seu candidato. Rapaz bem intencionado, não é?


Não se criam
Já que voltamos no tempo, a história mostra que voluntarianismo alheio não se cria com Chico Rodrigue. O irmão dele, Emanuel Andrade Silva, tido como laranja do irmão então deputado federal na empresa Art-Tec Tecnologia em Construção, Terraplenagem e Comércio Ltda, que executou o projeto picareta de R$ 1 milhão - hoje em torno de R$ 8 milhões - de cultivo de café em São Luiz do Anauá, foi condenado por fraude em licitação e desvio de dinheiro de emendas que Chico arrumou. É mentira, Rodrigue?


Mentor intelectual
Emanuel Silva, foi condenado pelo juiz federal Marcos Vinicius Lipienski, por ter se aproveitado da influência e do relacionamento pessoal que mantinha com o então prefeito de São Juís do Anauá, e ser irmão de quem liberou emenda parlamentar para esse projeto pilantra, Chico Rodrigues, apontado pelo procurador da República Leonardo Galiano, "como mentor intelectual do esquema do desvio de recursos públicos".


Condenado
Emanuel, que não enricou com os contratos da empresa da família, foi condenado a pagar multa de R$ 100 mil, e mais suspensão dos direitos políticos pelo prazo de seis anos, e à proibição de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais ou creditício, direta ou indiretamente, pelo prazo de cinco anos, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário.


Depósito na conta
Em agosto de 2012, o MPF denunciou criminalmente os envolvidos no rolo das sementes de superfaturadas e nunca cultivadas de café, oriundo de emenda de Chico Rodrigue, que sempre operou com empresas da família. Parte do lucro desse projeto pilantra, segundo o MPF, foi depositada na conta de Chico Rodeigue, "fato comprovado pela auditoria da Caixa Econômica Federal nas autenticações das feitas de caixa das retiradas em espécie feitas pelos acusados", disse o procurador Galiano.


Depressão acelerou morte
Os amigos de Emanuel, que morreu em fevereiro de 2018 de cancer, dizem que a condenação que em que o lucro dos recursos recebidos pela "sua" empresa não foram de todo usufruídos por ele teve, somado à depressão por esse constrangimento, acelerou sua partida. "O Emanuel pagou sozinho coisa que outros se beneficiaram. A depressão acelerou a morte dele", disse um amigo da Secretaria da Agricultura.


Verdadeiro dono ou também é milagreiro?
​Com tantas emendas suas liberadas para obras e fornecimentos realizados por empresas em que seus irmãos eram suspeitos de serem "laranjas", haja vista que nenhum deles enriqueceu nem 1/10 (um décimo) do que Chico Rodrigues que em 20 e poucos anos se tornou milionário com patrimônio de mais de R$ 15 milhões, - só com salário de deputado? -, supõe-se, sim, que o verdadeiro dono das empresas sempre foi Chico Rodrigue, ou ele aprendeu também a operar o milagre da multiplicação dos bens.


Exemplo na família
Pelo sim, pelo não, é bom Léo Rodrigue ser mais contido nesse voluntarianismo, principalmente em falar em nome de "títío", pedindo favores de ex-deputados, prometendo vantagens, e agilizando nos bastidores apoio de empresários. Ele tem exemplo na família pra isso.

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