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POPULISMO

Referências de Jeferson Alves serão analisadas pelo eleitor.


Pão, circo, bravatas, bazófias e
"mais de 120 toneladas de maldade"

E Jeferson Alves anunciou ontem que quer disputar a sucessão de Teresa Surita tendo como a plataforma ter realizado uma festa com sorteio de brindes e cortado a corrente que impede o tráfego de veículos na área indígena Waimiri-Atroari.

O eleitor, com certeza, deve achar isso muito pouco. Distribuir brindes com dinheiro oriundo do próprio eleitor e de doações de empresários não salvam vidas. Não fazem parte do ensino público. Não protegem o cidadão. Não mantém a cidade limpa e iluminada. Em suma, não é política pública de gestão e sim, a forma mais antiga e sem vergonha de ser fazer política: pão e circo. Brindes e festa.

Sobre cortar a corrente no Jundiá, o eleitor pergunta: "De que adiantou toda aquela bazófia, toda aquela bravata de liberdade para Roraima? Qual cidadão se sente preso sem poder ir e vir na reserva se ela está aberta 12 horas por dia, e de dia?"

Não adiantou nada aquela presepada de ir lá cortar a corrente, e sair rapidinho, fugindo com medo antes que os índios chegassem. A corrente foi reposta minutos depois de Jeferson e sua trupe terem se evadidos do local. Tudo continuou igual com a reserva sendo fechada e aberta nos mesmos horários de sempre. Não mudou nada. Tudo não passou de bazófia e bravata. Qual sociedade vive de marmotas como essa?

Ah! Vão dizer que o que importa é a intenção. De boas intenções o céu está cheio. Todo pai de família tem a intenção de dar boa educação, saúde e diversão a seus filhos. Ele consegue isso concorrendo com milhares de pessoas por um brinde de um liguidificador ou de uma chapinha de cabelo como no sorteio de Jeferson Alves? Esse pai consegue alimentar sua família com atos populistas que não se tornam em realidade, como a presepada da corrente?

O eleitor deve também estar perguntando sobre o que ocorreu entre Jeferson Alves e Telmário Mota. O primeiro tinha o segundo como ídolo, como seu líder maior, como um pai tanto que Telmário é padrinho da única filha de Jeferson. Então, por que Telmário rompeu com seu pupilo-seguidor e ainda afirmou que Jeferson tem "mais de 120 toneladas de maldade"?

Todo mundo exige referências para contratar e para se relacionar com outra pessoa. Isso vale também pra eleger candidatos. Sobre Jeferson Alves, as referências são "pão e circo" com "bravatas e bazófias", além da consideração reveladora de quem ele tinha como ídolo, líder e um pai.

Ouça o Podcast Fontebrasil com as considerações de Telmário sobre Jeferson Alves.

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