Sem provas, Telmário acusa procuradora do MPE de conluio
​A raiva  que Telmário Mota tem da prefeita Teresa Surita fez com que ele, levianamente, acusasse a procuradora chefe do Ministério Público Estadual, Janaína Carneiro, de ser conivente e cúmplice com atos que ele considera irregulares porque "o marido dela tem negócios com a prefeitura".

Falando alto e como de costume, irritado, Telmário Mota, reclamou que Teresa decretou fechamento de estabelcimentos comerciais, mas liberou que trabalhadores que cuidam das plantas e árvore da cidade estavam fazendo o serviço de limpeza, troca de terra e de regar os canteiros. Telmário deve querer que as plantas morram por falta de tratamento.

"Janaína, por que o Ministério Público está tão calado com relação à Prefeitura, será que é por que o teu esposo, Janaína, tem contratos com a Prefeitura?", questionou Telmário bem íntimo no chamamento da procuradora, e concluiu cheio de indignação, "eu não posso me calar. Sou senador e tenho que fiscalizar os atos do executivo", como se alguma fez ele fiscalizou ou deu algum pio sobre o caos nos HGR ou os desvios de dinheiro na Assembleia Legislativa.

Mas qual o crime a prefeita cometeu para que o MPE, na pessoa da procuradora chefe, fosse apontada como suspeita de conivência e cumplicidade com ilicitudes ou de irregularidades? E qual a evidência Telmário tem de que há um conluio entre Janaína Carneiro e Teresa Surita por causa de contrato do marido da procuradora com a Prefeitura?

É bem provável que Telmário seja chamado a explicar na Justiça as suspeitas que levantou contra um membro do MPE, isso porque, tudo o que ele disse está no tradicional campo da bravata difamatória e caluniosa, coisa que políticos com imunidade parlamentar adoram abusar.

Mas são será surpresa nenhuma que, na Justiça, Telmário se redima dizendo que não disse o que disse, e tratando de elogiar Janaína Carneiro e seu marido. Quando se vê que berimbal não é gaita, nenguinho fica pianinho.