Coronavírus em Roraima e o oportunismo de um bravateiro
​Reunião ocorrida ontem no Hospital Geral de Roraima revelou a situação grave da falta de material e equipamentos como máscaras, luvas, jalecos descartáveis, ventiladores mecânicos, e uma pergunta foi feita aos mais de 20 funcionários: "Se entrar aqui mais infectados com o Coronavírus, vocês vão atender?"

A resposta foi curta e grossa: "Não!"

E mais surpreendente foi a conclusão de quem comandava a reunião: "E não é para atender, mesmo, porque vocês não tem material sufiente para manter a segurança de vocês. Ninguém aqui pode se colocar em risco, e suas família em risco até que o governo tome providências (adquirir material hospitalar)."

Essa é a realidade que o governo do estado esconde, que políticos governistas fecham os olhos, os ouvidos e as bocas, e que todo mundo sabe, principalmente os promotores do Ministério Público Estadual. Então, fazer o que perante esse "conluio"?

Roraima não está nada nada nada preparado para encarar um surto desses. Hoje, há apenas 14 leitos disponívis na UTI 2, e no setor de Trauma, apenas dois leitos. 

O único jeito é a conscientização da população pelo isolamento social de forma radical, cumprindo as determinações do Ministério da Saúde. E por outro lado, a bancada federal concentrar esforços na obtenção desses materiais e equipamentos. De que vale aos funcionarios do HGR atenderem infectados e serem contaminados, e todos não terem ventiladores mecânicos para lhes tratar?

Hoje mais cedo, Telmário Mota, no afã de querer fazer politicagem atacando a prefeita Teresa Surita, exigia que o governo do estado e a Prefeitura adotassem medidas para cuidar dos que venham a dar entrada no hospital com a Covid 19. Mostrou-se oportunista num momento de calamidade como esse, e incompetente em não enxergar que o seu papel é de o pressionar o governo federal por medicamentos, materiais e equipamentos para os funcionários do HGR, e para a saúde de Roraima.