- 18 de junho de 2025
Cadê as imagens da 'taca' que Farah levou?É muito estranho que ninguém tenha registrado qualquer imagem do corretor de terrenos ilegais, Faradilson Mesquita, lavando a taca que ele diz que levou de agentes da Guarda Municipal, ontem, durante ação de paralisação de construção de barracos em uma área não regularizada pela Prefeitura de Boa Vista.
Nas redes sociais, se questionou por que as dezenas de pessoas que estavam lá na hora da ação da GM, não reagiram em defesa do corretor de terrenos ilegais, o que leva a crer que não houve violência contra Faradilson como ele e aliados querem que a opinião pública acredite.
Pelo sim pelo não, a ação da Guarda Municipal seguiu protocolo adotado desde 2013 pela Emhur quanto a evitar que favelas sejam criadas em Boa Vista, sem a infraestrutura necessária de asfalto, drenagem, calçada, iluminação, água, e coleta de lixo.
“Segundo a Lei Federal 6.766, constitui crime contra a administração pública dar início ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos sem autorização do órgão público competente, e nesse caso, o município não precisa de autorização judicial para agir”, diz nota da Emhur.
A prefeitura informou ainda que o proprietário do loteamento em questão não solicitou licença, tampouco apresentou projetos de parcelamento e infraestrutura nos órgãos competentes.
Além disso, o Ministério Público de Roraima já entrou com ação Civil Pública contra a Federação das Associações de Moradores do Estado de Roraima (Famer), presidida por Faradilson. A medida pediu a imediata suspensão de venda ilegal de lotes pela entidade.
Todo ano de eleição isso acontece em Roraima. Algum candidato a vereador ou a prefeito comanda a distribuição de terrenos para potenciais eleitores. Criam-se favelas sem qualquer infraestrutura, obrigando o poder público, em muitos casos, a ter até que comprar a área invadida.
Pelo histórico de campanhas eleitorais em Roraima não é de se duvidar nada que, depois da eleição, apareça o dono dessa área que Faradilson diz que negociou, cobrando reintegração de posse na justiça, forçando a Prefeitura de Boa Vista a comprar a área invadida.